CAMPEONATO BRASILEIRO

Fé nas três cores

Para findar o martírio de seis anos na Série C, Fortaleza vai precisar mostrar a força de sua torcida e de seu elenco

   

00:00 · 17.10.2015

Torcedor tricolor no Alcides Santos, em dia de fé e apoio no último treino antes da decisão de hoje

"Tenho falado quase todos dias para os meus jogadores que são 60 mil pessoas jogando a nosso favor, torcendo por nós. Nunca duvidem da nossa capacidade".

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É com esse espírito de perseverança que o técnico Marcelo Chamusca acredita em conquistar o que ninguém conseguiu nos últimos seis anos: tirar o Fortaleza do pesadelo da Série C.

O duelo diante do Brasil de Pelotas, logo mais, às 16h, em um Castelão abarrotado de gente, como foi ano passado na 'tragédia' ante o Macaé, formará o cenário perfeito. Só que com ingredientes modificados.

"Estou mais experiente. Aprendemos uma grande lição ano passado. Mas são momentos diferentes, situações diferentes. Neste ano, conquistamos um título cearense aos 47 minutos do segundo tempo, quando ninguém acreditava mais. Temos um elenco capacitado, experiente e preparado para reverter essa situação e conquistar esse acesso", afirma Chamusca.

O revés em Pelotas, sábado passado, quando perdeu por 1 a 0 e deixou o time gaúcho largar com uma boa vantagem (pode empatar por qualquer placar, perder por um gol de diferença a partir de 2 a 1, ou ainda ser derrotado pelo mesmo placar que ainda leva para os pênaltis), trouxe uma certa apreensão aos torcedores mais exigentes.

No entanto, o histórico do time tricolor em casa mostra que a apreensão pode ser transformada em otimismo. "Temos uma estatística de 2,2 gols marcados em casa (por jogo). Isso é muito interessante. É ter imposição desde o início da partida. Naturalmente com muita organização", avisa o comandante leonino, que já deu o recado de como será a postura do seus jogadores. "Precisamos ter uma postura agressiva, jogar com intensidade. Time que precisa reverter precisa ter postura para isso. E nós já mostramos isso", lembra.

Rival

A força do Brasil é a bola parada, sem contar a dura marcação, tradicional das equipes gaúchas. Basta lembrar do jogo de Pelotas, em que o Tricolor padeceu. Mas Chamusca diz já estar ciente desse desafio. "É um time muito forte fisicamente, de marcação forte. Que tem uma situação de bola parada muito interessante, jogadores com boa altura. É um time que se fecha e que joga muito pelo lado para fazer cruzamento na área", aponta.

Líder do elenco, o volante Corrêa é o símbolo dessa equipe que em 2014 caiu para o Macaé. Hoje é o dia para provar que a lição foi aprendida e o clube está preparado para reverter a vantagem gaúcha, obtendo o sonho do acesso. "Pedimos ao torcedor que acredite e que nos apoie os 90 minutos", diz o capitão.