quarta-feira, 7 de outubro de 2015

BANCOS NO CEARÁ

172 agências fechadas no 1º dia de greve

O sindicato da categoria considera que os bancários do Estado aderiram em massa à paralisação

00:00 · 07.10.2015 por Carol Kossling - Repórter
Quem foi ao banco ontem teve que esperar um longo tempo em filas compridas para tentar realizar o serviço desejado ( Fotos: Natinho Rodrigues )
Entre os serviços realizados no banco, está a retirada de seguros por parte de aposentados e pensionistas. A maioria prefere retirar o dinheiro no caixa
Depois de enfrentar a greve do INSS, José Ernani sofre com a paralisação dos bancários. A aposentada Maurinda Lima também reclama da greve
O primeiro dia da greve dos bancários contou com adesão de 172 agências bancárias públicas e privadas em todo o Estado, que possui mais de 700 agências, de acordo com o Sindicato dos Bancários do Ceará (Seeb-CE). A entidade considera que a categoria aderiu em massa ao movimento que aconteceu de forma pacífica e espontânea. O presidente da Seeb-CE, Carlos Eduardo Bezerra, avalia o resultado como bom e espera que a mobilização fique ainda mais forte. "Quanto maior a adesão, mais rápido nossas reivindicações serão atendidas", explica o presidente.

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O diretor jurídico da Associação de Bancos do Estado do Ceará (Abance), Lúcio Paiva, considera que foram muitas agências paralisadas e outras tiveram atendimento precário. "Lamentamos ter sido no começo do mês, pois afeta diretamente os aposentados que têm dificuldade de acesso a operações bancárias pela internet", declara. A Abance está orientando os clientes a utilizarem o meio digital, como também casas lotéricas e postos de atendimentos. Paiva acredita que a greve seja curta em virtude das negociações que estão em andamento.
Movimentação
Na agência do Bradesco da Rua Floriano Peixoto, no Centro, mais de 15 pessoas aguardavam na fila para entrar no banco desde às 9h. Uma funcionária que preferiu não se identificar informou que a abertura estava prevista para as 10h. "O sindicato (Seeb-CE) não veio aqui e iremos funcionar", disse.
Próximo dali, no banco Santander, o bancário Rafael Castro, 34, informou que a agência ficaria fechada, mas os 38 funcionários iriam trabalhar. Cinco na própria agência, auxiliando os clientes nos caixas eletrônicos e o restante seriam alocados em outras agências. A situação se repetiu em bancos localizados na Aldeota. Na agência do Banco do Brasil na esquina da Av. Santos Dumont x Av. Desembargador Moreira, que aderiu a greve, o assistente fiscal, Ezequiel Queiroz, 24, levou 15 minutos na fila do caixa eletrônico. "A greve atrapalha, hoje tem fila e normalmente não enfrento". Ele também utiliza canais alternativos como aplicativos e internet.

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