quarta-feira, 7 de outubro de 2015

ALIMENTAÇÃO EM FORTALEZA

Custo da cesta básica cai, mas acumula 8,85%

Apesar da deflação em setembro, a cesta básica da Capital ainda é a mais cara do Nordeste, custando R$ 305,20

00:00 · 07.10.2015
Pelo terceiro mês consecutivo, o valor da cesta básica de Fortaleza apresentou deflação, em setembro, registrando uma queda de 3,88%. Apesar da baixa, os cearenses ainda precisam ficar atentos com os preços dos alimentos básicos, porque o conjunto de insumos ainda acumula alta de 8,85% em 2015. Na comparação anual, isto é, entre setembro de 2015 e igual período do ano passado, o aumento é ainda maior, de 10,03%.
A Capital cearense apresentou a segunda maior deflação registrada na variação mensal no País, atrás apenas Belém, que sofreu queda de 4,56%.
Em setembro, o conjunto de bens alimentícios básicos teve seu valor reduzido em 13 das 18 cidades analisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Mais cara
A economista do Dieese, Elizama Paiva, explica que, mesmo com a sequência de quedas, a cesta básica de Fortaleza ainda é a mais cara do Nordeste, custando R$ 305,20.
"O resultado não é satisfatório, mas é esperado. Essa queda poderia ter sido mais acentuada, se não fosse o aumento do dólar", afirma.
De acordo com a economista, alguns alimentos, como a carne, o pão e o açúcar, tiveram altas consideráveis nas variações semestrais e anuais por causa da valorização da moeda norte-americana.
A carne apresentou inflação de 16,85% no ano, enquanto que o pão acumulou alta de 10,53%. Já o valor açúcar teve aumento de 8,72% no semestre.
Tomate
Em setembro, a deflação no preço da cesta básica foi influenciada pela queda de sete itens, com destaque para os preços do tomate, -24,07%, da farinha, -5,49%, e do feijão, -2,61%. Já os produtos que tiveram alta na variação mensal foram a manteiga, com inflação de 3,79% e o arroz, que teve aumento de 1,06%.
De acordo com Elizama, a queda do preço do tomate aconteceu pelo alimento estar na terceira safra, considerada a mais abundante do ano.

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