A Polícia Civil do Ceará (PC-CE) decretou estado de greve nesta quinta-feira, 29. A decisão foi tomada após reunião com o Governo do Estado e assembleia geral da categoria.
Os policiais reivindicam reestruturação salarial com adequação para profissionais de ensino superior.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Ceará (Sinpol-CE), Gustavo Simplicio, disse que a reunião “foi difícil” e o Governo “não apresentou contraproposta, apenas o calendário”. O decreto segue até o dia 5 de dezembro, quando as negociações devem ser finalizadas, conforme ata assinada na reunião, explicou Simplicio.
Durante este período, a categoria deve realizar manifestações, carreatas, visitas à delegacias e panfletagem. De acordo com o presidente do sindicato, o objetivo é “mostrar à sociedade a importância da Polícia Civil”.
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Não haverá paralisação até que o prazo de negociação seja atingido. Após o dia 5, caso o Estado não tenha apresentado valor específico, a greve será decretada. “Nós vamos à guerra”, declarou o presidente.
Evasão
O sindicato reclama que se não houver rejuste salarial, haverá mais evasão, já que os profissionais estão migrando para outros Estados, como o Piauí, por exemplo.
Ana Paula Cavalcante, vice-presidente do Sinpol-CE, afirma que dos 1.480 inspetores aprovados em concurso, em 2012, apenas 650 continuam atuando no Ceará. Os números apresentam evasão de mais de 50% em dois anos.
Hoje, segundo o Sinpol-CE, cerca de 2.400 policiais civis atuam no Estado. Em junho de 2014, eram 2.566 profissionais atuantes.
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