terça-feira, 29 de setembro de 2015

SISTEMA SOLAR

Nasa anuncia indícios de água líquida em Marte

Para cientistas, descoberta pode afetar especulação sobre a possibilidade de vida no planeta frio e deserto

00:00 · 29.09.2015 / atualizado às 00:38
Planeta Vermelho. Na foto maior e na menor à direita, raias estreitas escuras saem das paredes da cratera em Marte. As imagens são produzidas pela Nasa, Jet Propulsion Laboratory ( JPL) e Universidade do Arizona. À esquerda, o planeta visto pelo telescópio Hubble em 2003. Os cientistas descobriram a primeira evidência de que a água salgada pode fluir na superfície durante o verão do planeta ( Fotos: Nasa )
Cabo Canaveral. Cientistas descobriram o primeiro indício de que água salgada pode fluir na superfície de Marte durante os meses de verão do planeta vermelho, revelou um estudo publicado ontem. Embora a fonte e a composição exata da água sejam desconhecidas, a descoberta pode afetar a especulação sobre a possibilidade de o planeta mais parecido com a Terra no sistema solar poder acolher a vida microbiana dos dias atuais.
Os cientistas desenvolveram uma nova técnica para analisar mapas químicos da superfície marciana obtidos pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter, da agência aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa, na sigla em inglês). Eles encontraram marcas reveladoras de sais que só se formam na presença de água em canais estreitos nas encostas de rochedos por toda a região equatorial do planeta vermelho.
Esses declives, relatados pela primeira vez em 2011, surgem durante os meses quentes do verão marciano (quando as temperaturas estão acima de 23 graus Celsius) e desaparecem quando as temperaturas caem.
Os cientistas da Nasa desconfiam que essas faixas, conhecidas como linhas de declive recorrentes, (RSL, na sigla em inglês), são abertas pelo fluxo da água, mas ainda não haviam sido capazes de medi-las.
"Achei que não havia esperança", disse Lujendra Ojha, estudante de graduação no Instituto de Tecnologia da Georgia e principal autor da monografia presente na edição desta semana do periódico Nature Geoscience.

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