quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Comércio prevê queda de 10% nas vendas para o Dia dos Pais
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As estimativas de movimentação, em termos de faturamento do comércio para o Dia dos Pais deste ano, não estão otimistas. De acordo com a pesquisa sobre o Potencial de Consumo de Fortaleza Dia dos Pais, divulgada, ontem, pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), os consumidores da Capital irão movimentar R$ 100 milhões, com a compra de presentes. Essa previsão indica uma queda de 10% sobre o valor faturado em igual período do ano passado (R$ 110,4 mi) e coloca a data comemorativa como a quinta melhor em vendas, no ano, para o varejo de Fortaleza – atrás de Natal, Dia das Mães, Dia dos Namorados e Dia das Crianças. A pesquisa ouviu 900 consumidores da Capital cearense.
O perfil de consumo para o Dia dos Pais mostra grande homogeneidade nos produtos que se deseja adquirir, com 96% das indicações de consumo em apenas quatro produtos.  Dando preferência por vestuário, itens de perfumaria, calçados, bolsas, aparelhos eletrônicos e relógios, 42,1% dos entrevistados afirmaram intenção de ir às compras nesse período, percentual idêntico ao de igual pesquisa no ano passado.
Para a diretora institucional da Fecomércio-CE, Cláudia Brilhante, essa predisposição menor às compras deste ano é reflexo do cenário econômico atual. “O que nós avaliamos é que há uma tendência de queda de 10% – o que é normal para o período em que estamos vivendo, com recessão e a crise no País”, destaca. “Mas o comerciante está se preparando para conseguir aumentar esse percentual, ao invés de cair, ou, pelo menos, manter. A pesquisa aponta uma movimentação de R$ 100 milhões, mas vamos trabalhar para movimentar mais do que isso, fazendo promoções à vista. O comerciante vai chamar o consumidor para dentro de sua loja”, acrescentou Brilhante.
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Com base na pesquisa, ela observou que, apesar da preferência pelas lojas de shopping, cresce a procura pelas lojas de rua, “tanto que os comerciantes vão ampliar suas promoções – até porque, para elas (lojas de rua), fica um pouco mais fácil, pois o custo é menor que o custo de shopping”. Com isso, Cláudia informa que esses estabelecimentos vão aumentar seus descontos, enfeitar suas vitrines para chamar o consumidor, que, ao entrar na loja, “vai perceber que aquele item que estava pensando em comprar há muito tempo agora está em promoção. Com isso, acreditamos que teremos um bom Dia dos Pais”, acentuou Brilhante.
Apesar do otimismo, ela reconhece que a queda no consumo está relacionada, também, à alta do endividamento em julho, na Capital, o que justifica a estratégia do comércio em fazer promoções para pagamentos à vista, levando o consumidor que está sem crédito – e que não conseguiu parar todos os seus débitos – a continuar comprando à vista. “O momento econômico está fazendo com que as pessoas mudem o hábito de consumo. Elas estão se conscientizando que o ideal é pagar as dívidas e continuar comprando, mas à vista. Até porque vão conseguir maiores descontos e equalizar as contas no final do mês”, finalizou Cláudia Brilhante.

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