segunda-feira, 6 de julho de 2015

Tucanos dizem que partido está pronto para “ir até o final”
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Derrotado por uma pequena margem de votos na eleição presidencial do ano passado, o senador Aécio Neves (MG) vaticinou que Dilma Rousseff não deve concluir o mandato. O mesmo raciocínio foi adotado pelos demais líderes do PSDB, que defenderam a tese de que o partido está pronto para “ir até o fim” e assumir o comando do país.
Os discursos foram feitos ontem (5), na convenção nacional do partido, em Brasília. O local do evento ficava a poucos metros da residência oficial da petista.
Reeleito presidente nacional da legenda, Aécio encerrou seu discurso com a mais dura sentença sobre o futuro de Dilma.
“Um partido como o PSDB não pode temer o futuro. Nós vamos ter coragem para fazer o que precisa ser feito. E se preparem, dentro em breve deixaremos de ser oposição e vamos ser governo”, afirmou, sinalizando que a sigla não ficará em cima do muro em relação ao destino da petista.
Mesmo as vozes tradicionalmente mais moderadas da legenda fizeram ataques frontais ao PT e ao governo. Sem citar Dilma nominalmente, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que o petismo está “no fundo do poço”.
Apesar do tom forte das falas, os tucanos tiveram a preocupação de dizer, em vários momentos, que qualquer desfecho se daria “dentro da lei”. A fala era uma vacina à pecha de que estão adotando uma agenda “golpista”.

Impeachment
Em um discurso duro, no qual não cita o nome da presidente Dilma Rousseff, mas menciona o de Lula, Fernando Henrique Cardoso acusou o PT de “quebrar” o Brasil.
Sem falar em impeachment, o ex-presidente afirmou durante a convenção do partido realizada a poucos quilômetros do Palácio da Alvorada, residência oficial da presidente da República, que o PSDB tem a receita para “passar o país a limpo”.
“Estamos prontos, sim (...), para assumir o que vier pela frente”, disse FHC. E seguiu em tom cifrado. “Precisamos ir até o fim para que o Brasil seja passado a limpo.” O ex-presidente continuou: “Seja qual for o caminho pelo qual tenhamos que passar, o PSDB e seus aliados terão um caminho”, concluiu.
O tucano afirmou que “o rumo foi perdido”, “o Brasil foi quebrado pelo PT, pelo “’lulopetismo’”.
Nos bastidores, correligionários afirmavam que Fernando Henrique se sentia algo “vingado” por ter tido um governo melhor avaliado que o de Dilma hoje. Um trecho de seu discurso indica isso. “Eu perdi a popularidade algumas vezes. Popularidade se perde e se ganha. O que eu nunca perdi foi a minha credibilidade”. A plateia vibrou.

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