segunda-feira, 27 de julho de 2015

Família de ministro do TCU tem cargos nos governos do PT e do DEM
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Parentes do ministro Aroldo Cedraz, do TCU (Tribunal de Contas da União), ocupam cargo de livre indicação nas gestões do PT e do DEM na Bahia.
Pelo menos um cunhado e um sobrinho do ministro, afastado da política partidária desde 2006, foram nomeados no governo Rui Costa (PT). Já um primo ocupa um assento num conselho de uma empresa da Prefeitura de Salvador, comandada por ACM Neto (DEM).
Luciano Araújo, primo de Aroldo Cedraz, faz parte do conselho da Desal (empresa que produz equipamentos de mobiliário urbano) desde janeiro de 2013 e recebe R$ 5,7 mil de jeton por cada reunião do colegiado.
Tesoureiro nacional do Solidariedade e presidente do partido na Bahia ­cargos para os quais foi indicado pelo advogado Tiago Cedraz, filho do ministro do TCU­ Araújo ocupa cargos na prefeitura antes mesmo de seu partido ser fundado.
O Solidariedade foi criado em setembro de 2013 e passou a fazer parte da gestão do prefeito ACM Neto em janeiro de 2015. Antes disso, Araújo atuou até 2012 como assessor especial do ex-prefeito de Salvador João Henrique Carneiro (sem partido).
Araújo é apontado pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa, como emissário de propina no valor R$ 1 milhão que seria destinada pelo primo Tiago Cedraz ao então presidente do TCU, Raimundo Carreiro. Os três negam o teor da delação de Pessoa e dizem não ter recebido recursos irregulares.
No governo da Bahia, o engenheiro Sílvio Roberto Habib, conhecido como 'Betinho', ocupa desde 2012 a diretoria de energias renováveis da Secretaria de Infraestrutura. Ele é casado com a irmã de Aroldo Cedraz, Zélia.
Habib foi nomeado para o cargo pelo então secretário e hoje senador Otto Alencar (PSD), que assim como Cedraz iniciou-se na política no grupo comandado pelo senador Antônio Carlos Magalhães (1927-2007).
Mesmo com cargo no governo do Estado, Betinho também atua como consultor de engenharia em pelo menos três prefeituras do sertão baiano: Retirolância, Conceição do Coité e Valente.
Esta última é berço político da família e tem o irmão de Aroldo Cedraz, Eduardo Cedraz como vice-prefeito da gestão comandada por Ismael Ferreira (PT).
Os contratos são firmados em nome da empresa SH Engenharia, criada por Betinho no mesmo mês em que assumiu o cargo no governo baiano. Pelo contrato com a Prefeitura de Valente, sem licitação, Betinho recebeu R$ 60 mil.

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