As expectativas econômicas pioraram depois do anúncio da redução da meta fiscal de superávit primário de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) para 0,15% do PIB, na semana passada. As apostas agora são de que os juros devem continuar subindo e o Brasil perderá seu grau de investimento.
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Ajudam a piorar o quadro, a instabilidade na bolsa chinesa e a definição - esperada para hoje - sobre quando os juros nos EUA vão subir. Tem ainda os problemas do Governo com o Congresso Nacional sobre a votação das medidas do ajuste fiscal e as contas da presidente Dilma Rousseff.
Para o economista chefe da Concórdia, Flávio Combat, esse conjunto de fatores acaba influenciado os investidores que por aversão ao um risco maior correm para o dólar, acentuando esse movimento de desvalorização do real.
Ele acredita que diante das incertezas, a tendência é que o dólar continue em alta pelo menos até o final de agosto. O economista José Maria Porto, da Valorize Consultoria Empresarial, diz que o momento leva a incertezas em relação ao futuro das políticas monetária e fiscal do País.
Para ele, com essa volatilidade e diante do clima de nervosismo do mercado, seria mero exercício de adivinhação prever qualquer cotação para o dólar.
O presidente da SM Consultoria, economista Sérgio Melo, acredita que a moeda norte americana deva continuar volátil ao longo dos próximos meses, mas deve encerrar o ano perto de R$ 3,25.
Previsão
O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, também diz ser impossível saber ou de indicar até onde a cotação do dólar vai. “Nesse contexto, esse movimento deve continuar ainda por um bom tempo”, prevê.
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