PRUDÊNCIA
A crise política dificulta a solução da economia
03.05.2015
O País está precisando, de fato, de homens públicos "à altura dos desafios" reclamados para a sua ressurreição
"Respeito institucional é a essência da atividade política, assim como a ética, a moral e a lisura. Não estimularei um debate que só pode desarmonizar as instituições e os setores sociais. O País precisa, neste momento histórico, de políticos à altura dos desafios que hão de ser enfrentados". Foi Michel Temer, vice-presidente da República, quem proferiu tão oportuna sentença, na última quinta-feira, respondendo, sem citar nomes, ao presidente do Senado, seu correligionário Renan Calheiros, que juntamente com Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, outro peemedebista que, como Renan, pelos espaços ocupados, tentam se apresentar como os arautos de um Congresso Nacional independente e defensor da sociedade.
Michel Temer, com todas as restrições que se lhes possam ser feitas, foi feliz e oportuno nas colocações. Embora se saiba não ser possível, pelo menos até 2018, mudar a representação política atual, graças à consolidação de nossa Democracia, o grito do vice-presidente, mesmo que tenha sido em resposta a uma agressão de Renan que o chamou de um chefe de Recursos Humanos do Governo Dilma, serve de alerta não só aos próprios políticos, mas, sobretudo, às demais forças vivas da Nação, para se insurgirem contra os discursos falaciosos que, no seu interior, representam interesses pessoais contrariados e falta de compromissos com os brasileiros mais atingidos pelas consequências da fragilidade econômica de que eles próprios são cúmplices.
Foram todos esses citados no noticiário nacional recorrente, a presidente Dilma e seus companheiros petistas, os peemedebistas Renan e Eduardo Cunha, os seus antecessores nas presidências do Senado e da Câmara: José Sarney e Henrique Eduardo Alves e outros, os responsáveis por ações ou omissões, pelo caos hoje existente na administração pública.
Silente
Se o Congresso não tivesse sido ao longo dos anos tão omisso ou leniente, o descalabro da administração pública não estaria a nos reclamar tanto sacrifício. Todos os responsáveis pela geração desse quadro precisam ser punidos. Mas, ato contínuo, é urgente se perseguir a recuperação.
O País precisa, para esta tarefa, "de políticos à altura dos desafios que hão de ser enfrentados". E nós temos, como exceções dos que aí estão, vários deles, com e sem mandatos, porém tímidos ou desestimulados pela própria sociedade que, silente, como apontamos no último domingo, deixa os menos expressivos e descompromissados com os brasileiros se arvorarem como lídimos representantes, mesmo tendo conquistado os mandatos com métodos e ações questionáveis.
A sociedade precisa dar meios para que saiam dos casulos todos quantos possam contribuir para a ressurreição esperada. O socorro é reclamado pelo Brasil e seus nacionais. Governistas e oposicionistas, com honrosas exceções, estão no mesmo balaio, não estão isentos de culpa e por isso não merecem apoio. Afastada a hecatombe, que assola a todos, cada um se alie à corrente que melhor lhe parecer capaz de conduzir os destinos do País, e com a responsabilidade de evitar um novo naufrágio. As eleições de 2018 é o marco dessa mudança, passando por 2016, quando serão eleitos todos os prefeitos e vereadores dos municípios brasileiros. E como precisamos escolher melhores edis!
Tática eleitoral
Só em abril de 2016 o PT de Fortaleza vai decidir se terá ou não candidato à Prefeitura da Capital cearense. Até hoje, tudo é uma incógnita só. Naquele momento haverá um encontro denominado de Tática Eleitoral quando o diretório municipal vai tirar sua posição. A fragilidade do partido, hoje, por conta do resultado adverso do Governo Dilma e, principalmente, os efeitos do noticiário desvendando o envolvimento de figuras do partido com desmandos na Petrobras, sem esquecer os resquícios do Mensalão, só ensejam preocupações.
Um grupo quer candidatura própria, a qualquer custo, para se contrapor a quem o derrotou no pleito passado, o prefeito Roberto Cláudio, aliado do governador, um petista não aceito por essa corrente liderada pela ex-prefeita Luizianne Lins. Outra parte do partido, em Fortaleza, defende a candidatura própria para que o partido pelo menos mantenha uma pequena representação na Câmara Municipal e possa, o postulante à Prefeitura, fazer um discurso de defesa dos petistas acusados de malversadores. Essa parte não reconhece em Luizianne capacidade de cumprir essa missão. Não por ela pertencer à parte considerada podre, mas pelo desgaste político acumulado em oito anos de gestora de Fortaleza, embora, recentemente, ela tenha deixado muito claro que está candidata nas eleições do próximo ano.
Edison Silva
Editor de Política
Editor de Política
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