162 MILÍMETROS

Chuvas causam estragos no Crato

24.04.2015

Comerciantes do mercado tiveram prejuízos devido à perda de produtos levados pela correnteza.

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A retirada da lama acumulada nas ruas foi o que deu mais trabalho ontem

FOTOS: ROBERTO CRISPIM

Pela manhã, os moradores tiveram que pôr para fora os móveis para poder limpar suas casas que foram inundadas durante a noite

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Crato. As chuvas caídas durante toda a madrugada de ontem voltaram a ocasionar prejuízos em diversos bairros deste município. Populares que residem nas proximidades do canal do Rio Granjeiro tiveram suas casas invadidas pelas águas do canal que, novamente, não suportou o volume de água ocasionado pelos 162 milímetros de precipitações registradas no município.

As ruas do Centro da cidade ficaram cobertas por uma grossa camada de lama e grande parte dos comerciantes que atuam no Mercado Central contabilizaram prejuízos devido à perda de produtos que acabaram sendo levados pela correnteza.

Pela manhã, cerca de 50 funcionários, ligados à Secretaria de Serviços Públicos, foram deslocados às áreas atingidas para o início da operação de limpeza. Maquinas pesadas e veículos do tipo caçamba também foram direcionados para apoiar o trabalho de limpeza e desobstrução das vias públicas.

Durante grande parte do dia houve falta de abastecimento de água em algumas regiões próximas ao Centro da cidade. Por conta da força das águas, canos da rede de distribuição acabaram estourados, impedindo que o abastecimento acontecesse de forma normal. Funcionários da Sociedade Anônima de Água e Esgoto de Crato (Saaec) passaram a maior parte da manhã de ontem tentando solucionar os problemas gerados pela falta de abastecimento.

"Aqui tá tudo sujo e eu não tenho condição de limpar minha casa por que está faltando água. Perdi várias peças de roupas das minhas clientes. Vou ficar no prejuízo e nem sei quando é que vou conseguir colocar minha casa em ordem", queixou-se a costureira Goreth Gonçalves, que há dois anos reside na Avenida José Alves de Figueiredo, localizada às margens do canal.

Restaurador de móveis, Francisco Alexandre Sales passou parte da manhã de ontem retirando do interior de sua oficina materiais que ficaram completamente encharcados com a água que invadiu o local. "Já é a segunda vez que acontece. Se chover aqui é perdido. Vai tudo embora mesmo. Ainda bem que o prejuízo é pouco. Desta vez não perdi muita coisa", comentou.