quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

PLANO DE EMERGÊNCIA

Camilo anuncia medidas e busca recurso federal

26.02.2015

O plano apresentado aos deputados vai custar pouco mais de R$ 6 bilhões, sendo apenas 20% do erário estadual

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Governador Camilo Santana explicando os detalhes do plano aos deputados estaduais cearenses, ontem, na Assembleia Legislativa. A realidade registrada no documento entregue aos parlamentares é muito grave
FOTOS: FABIANE DE PAULA
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Integrantes de movimentos sociais reivindicaram, ontem, na Assembleia Legislativa, ações emergenciais do Governo para minimizar os efeitos da seca
O governador Camilo Santana (PT) foi, ontem, à Assembleia Legislativa, para apresentar aos deputados o Plano Estadual de Convivência com a Seca, elaborado conjuntamente por diversas secretarias. Segundo o governador, o plano de ações é dinâmico, podendo sofrer alterações à medida que chova em determinadas regiões. Estão previstos investimentos superiores a R$ 6 bilhões, na parte emergencial e na etapa estruturante.
Dividido em cinco eixos de atuação, o projeto inclui ações para garantir a segurança hídrica, com oferta de água para abastecimento humano, consumo animal e atividades produtivas; a segurança alimentar; a sustentabilidade econômica, oferecendo estabilidade aos meios de produção; os benefícios sociais, protegendo os mais vulneráveis; e o conhecimento e a inovação, com utilização de novas tecnologias para geração de riquezas e conservação dos recursos naturais.
"Não podemos olhar só para a questão da água. Com esse trabalho, conseguimos uma maior sinergia e, consequentemente, uma melhor utilização dos recursos públicos", justificou Camilo. Conforme explicou, as ações serão regionalizadas pelas 12 bacias hidrográficas cearenses, inclusive com o detalhamento de medidas a serem tomadas por município. "O plano compreende um conjunto de ações emergenciais e estruturantes que estão sendo executadas e que pretendemos executar".
Entre as ações emergenciais a serem tomadas, o Governo pretende continuar investindo na política de carros-pipa, adutoras de engate rápido e escavação de poços profundos. De acordo com o governador, as ações estão orçadas em R$ 620 milhões, sendo R$ 117 milhões em recursos do Estado, R$ 350 milhões já pactuados com a União, R$ 131 milhões ainda a pactuar e R$ 20,5 milhões em recursos provenientes de outras fontes.
Leilão
No entanto, o governador ponderou que, com as onze máquinas perfuratrizes do Governo, não será possível suprir a demanda da população. Para isso, ele pretende realizar um leilão reverso, em que o Executivo convida fornecedores a lançarem suas propostas, para contratar serviços da iniciativa privada de perfuração de poços.
"Com as máquinas que tem, a gente consegue fazer no máximo 100 poços por mês. Já pedi autorização do presidente (da Assembleia, Zezinho Albuquerque - PROS) para realizar esse evento aqui, de modo a dar mais transparência".
Já em relação às ações estruturantes, que visam a redução dos efeitos da seca em médio e longo prazos, Camilo destacou o Cinturão das Águas. Segundo o governador, é preciso elaborar o plano executivo de ação do segundo trecho da obra para que ela possa ser incluída no Programa de Aceleração do Crescimento III (PAC III), do Governo Federal. "Já há aprovação da presidenta Dilma Rousseff para colocar no PAC III, mas, para isso, precisamos fazer o plano executivo de ação".

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