TRABALHO ESCRAVO
Resgates têm redução em 2014
29.01.2015
O número de trabalhadores liberados de trabalho escravo no Ceará caiu de 96 para 68, o que representa uma diminuição de 29% entre 2013 e 2014, de acordo com o balanço da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Ceará (SRTE/CE) e Ministério Público do Trabalho no Ceará (MPT/CE). A redução se deve ao número menor de fiscalizações feitas no ano passado, por conta dos vários cortes de gastos, conforme os órgãos.
"Os números não refletem que houve menos trabalho escravo no Estado. Além da quantidade menor de fiscalizações, os setores que utilizam esse trabalho reduzem as irregularidades quando são fiscalizados", explicou o chefe da seção de inspeção do SRTE, Luís Alves.
Apesar disso, ele afirma que foi um ano positivo para a luta contra a escravidão dos trabalhadores. "Pena que ainda temos pessoas nessas condições, mas todas as nossas ações deram certo. Não erramos nenhum alvo".
Segundo o procurador do Trabalho, Carlos Leonardo Holanda, o maior problema é conseguir encontrar os locais onde o trabalho é forçado. "As denúncias não são precisas. É complicado encontrar o problema", diz.
Brasil
As operações de fiscalização para combater o trabalho escravo ou análogo à escravidão resgataram, em duas décadas, mais de 47 mil trabalhadores submetidos a condições degradantes em todo o Brasil. Foram realizadas 1.724 operações em 3.995 propriedades e aplicadas multas indenizatórias cujo valor supera os R$ 92 milhões.
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