terça-feira, 2 de dezembro de 2014

TRATAMENTO NO ICC

Demora no atendimento provoca reclamações

02.12.2014

O secretário da Cultura, Mário Mamede, foi um dos prejudicados por paralisação de máquina de radioterapia

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De acordo com o Instituto do Câncer do Ceará (ICC), demora se deve à manutenção das máquinas, que não pode ser feita em outros horários
FOTO: NATINHO RODRIGUES
Quem enfrenta ou é próximo de alguém que luta contra o câncer sabe o quão desgastante é o tratamento. Por isso, quando o processo atrasa, a insatisfação toma conta dos enfermos. Foi o que aconteceu ontem no Instituto do Câncer do Ceará (ICC), do Hospital Haroldo Juaçaba, na Capital, quando a máquina parou por duas horas para manutenção.
Um dos que se sentiram prejudicados foi o secretário da Cultura do Estado, Paulo Mamede. Em tratamento contra um carcinoma na garganta, o gestor foi ao ICC para mais uma sessão de radioterapia e se deparou com a única máquina em manutenção. "Como tenho segurança de que essa máquina que pifa todo dia está fazendo o trabalho direito?", questiona.
Conforme Mamede, os atrasos são constantes. "Das 35 sessões que fiz, apenas três ou quatro aconteceram no horário marcado", reclamou. De acordo com o instituto, há cinco aparelhos de radioterapia e uma delas, a IMRT, passou por uma manutenção de duas horas ontem. "Uma das lâminas parou e o hospital fez a troca", informou a assessoria do ICC. Dependendo do caso, o paciente pode ser transferido para outro aparelho, mas isso não foi possível para o gestor.
Um outro problema é com relação à autorização para a quimioterapia. Segundo Mamede, na última sexta-feira, ele confirmou com o ICC uma sessão para hoje, mas descobriu depois que o pedido não havia sido enviado à operadora do plano de saúde.
Para o superintendente clínico do ICC, Reginaldo Costa, as reclamações são compreensíveis. "O secretário não deixou de fazer o tratamento em nenhum dia", informou. Com relação à autorização do plano de saúde, Costa afirmou que as operadoras possuem um procedimento e o pedido deve ser feito com 24h, nunca antes. A respeito do atraso de ontem, o supervisor explicou que os equipamentos do hospital passam por manutenções periódicas, especialmente os de alta complexidade. "A gente tenta programar para um horário que não atrapalhe os pacientes, mas as empresas que fazem a manutenção trabalham em horário comercial", afirmou.
Costa ressaltou que a quantidade de máquinas é suficiente para a demanda e, mesmo com mais equipamentos, eles teriam que passar por manutenção.

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