sábado, 6 de dezembro de 2014

CÚPULA DA UNASUL

Dilma diz que crise afetou o País profundamente

06.12.2014

Presidente destacou que o Brasil vai continuar a investir em políticas de combate à desigualdade social

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Segundo a presidente, as eleições realizadas neste ano na América Latina mostram a vitória da agenda de inclusão social
FOTO: ROBERTO STUCKERT FILHO/PR
Quito. A presidente Dilma Rousseff (PT) admitiu que a crise internacional afetou profundamente o Brasil e que a recuperação mundial ainda é "tênue", o que irá exigir mais esforços da região para garantir a manutenção dos ganhos sociais obtidos nos últimos anos.
Em um discurso de 14 minutos durante a sessão plenária presidencial na Cúpula Extraordinária da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), a presidente fez questão de mencionar os processos eleitorais na região este ano. Segundo Dilma, dessas eleições "saiu vitoriosa a agenda da inclusão social, do desenvolvimento com distribuição de renda e, portanto, do combate à desigualdade e da garantia de oportunidades, que caracteriza a nossa região nos últimos anos".
"Na atual conjuntura de crise internacional, com queda no preço das commodities e, principalmente, do petróleo, o desafio do desenvolvimento é ainda maior. Temos diante de nós compromissos históricos a cumprir, tarefas cuja realização será crucial para o nosso futuro", disse.
"O Brasil se dispôs a, nesse período, avançar no combate à desigualdade, assegurando o crescimento com inclusão social. Nós, nessa eleição, mostramos que diante da crise, que nos afetou profundamente, defendemos sobretudo o emprego e, por isso, mantivemos uma das menores taxas de desemprego de toda a nossa história".
Inflação
A presidente afirmou que a inflação - que pelo quarto mês seguido superou o teto da meta em 12 meses - é sim motivo de preocupação, mas relativizou. "Sempre tem que ficar preocupado e preocupado todo dia, com tudo. Não tem algo que ocorra que não se preocupe. É intrínseco da condição de presidente. Tem que ter preocupação por parte do governo. Da questão menos relevante à mais relevante", declarou a mandatária.
Dilma afirmou, ainda, que os países da região já provaram que são capazes de "enfrentar muitos desafios" e conseguiram aumentar renda, diminuir desemprego, reduzir os níveis de pobreza, mas precisam continuar neste caminho. "Todos nós sabemos que a recuperação da crise que começou lá atrás, em 2008, ainda é tênue. Temos um quadro difícil na Europa, uma recessão no Japão, uma recuperação nos Estados Unidos, mas ainda uma recuperação que não mostra toda sua força. Por isso, é importante que os países da região tenham capacidade de se integrar e cooperar cada mais".
A presidente voltou a defender as políticas econômicas do seu governo, que mesmo diante da crise internacional que afetou profundamente o País, manteve uma das menores taxas de desemprego da história. Segundo ela, o governo está disposto a ampliar o investimento em infraestrutura logística, energética, social e urbana, além de impulsionar o desenvolvimento tecnológico e a inovação.
A queda no preço das commodities e do petróleo, que afetam as exportações de todos os países da América do Sul, foi tema também dos discursos dos presidentes Rafael Correa, do Equador, e de Nicolás Maduro, da Venezuela. Durante a Cúpula, os líderes dos 12 países participaram de cerimônia de inauguração da nova sede da Unasul, em Quito.
Eleições

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