segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Saúde

Sesa prevê 2.350 novos casos de câncer de próstata no CE neste ano

Jéssica Colaço | 08h25 | 03.11.2014

Somente no Estado, 1.819 pessoas morreram vítimas de câncer de próstata nos últimos três anos, segundo o órgão. Campanha Novembro Azul inicia alertando sobre a saúde do homem



Na esteira das ações preventivas do Outubro Rosa, a campanha Novembro Azul, voltada para o público masculino, destaca a atenção ao câncer de próstata – o segundo mais comum entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Somente no Ceará, 1.819 pessoas morreram vítimas de câncer de próstata nos últimos três anos, segundo a Sesa. Para este ano, a previsão do órgão é que 2.350 novos casos da doença seja diagnosticados.
Apesar de darem ênfase ao tratamento da doença, as atividades do mês contemplam a saúde do homem como um todo, na tentativa de minimizar os efeitos negativos da dificuldade de acesso desse grupo aos serviços de saúde, devido a alguns fatores culturais ou mesmo por  disponibilidade de horário.
“O homem é um ser holístico, precisa ser visto como um todo. Nós damos ênfase à questão da próstata, mas temos que incluir e divulgar mais serviços voltados para o homem”, defende a coordenadora do Programa de Atenção Integral à Saúde do Homem do Centro de Saúde do Meireles, Ana Célia Gazelli. As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), a dependência química e o fumo, segundo ela, também acometem muitos homens  e precisam de atenção no tratamento.
O programa coordenado por Ana Célia foi implantando em 2009 no Centro de Saúde do Meireles, segundo as recomendações do Ministério da Saúde. A unidade funciona de segunda a sexta-feira, das 17h às 21h, visando atender o público que não está disponível durante o dia. Só no ano passado, segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), foram realizados 11.478 atendimentos. “Nós temos o clínico geral e as demais especialidades, e a mais procurada é a urologia”, acrescenta a coordenadora.
Logo no início do programa, conta Ana Célia, era visível o desconforto de alguns pacientes em estarem no ambiente hospitalar, situação que não é mais tão frequente atualmente. “A demanda hoje é muito grande e a gente percebe como eles se sentem mais à vontade, tem famílias que trazem parentes do Interior para serem atendidos aqui”, destaca. 

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