quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Projeto de lei

Câmara rejeita proposta que prevê porte de arma para vigilantes de universidades federais

Redação / Agência Câmara | 14h43 | 20.11.2014

Deputado Alexandre Leite (DEM-SP) disse que campus universitário é um local pacífico e a existência de segurança armada contraria este espírito



A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara de Deputados rejeitou o Projeto de Lei 5390/13, da deputada Andreia Zito (PSDB-RJ), que garante o porte de arma, em todo o território nacional, para os vigilantes de instituições de ensino federais
 
A proposta rejeitada nesta na quarta-feira (19) altera o Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03) e para assegurar o porte de arma aos servidores públicos ocupantes dos cargos de vigilante do plano de carreira dos cargos técnico-administrativos em educação. Vigilantes terceirizados não terão o mesmo direito.
 
Relator na comissão, o deputado Alexandre Leite (DEM-SP) manifestou voto contrário ao projeto. Segundo Leite, o campus universitário é normalmente um local pacífico e a existência de segurança armada e ostensiva contraria esse espírito.
 
Além disso, o relator argumenta que a presença de polícia armada no campus é por vezes associada a episódios de repressão a protestos estudantis. Por fim, Leite afirma que consultou a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e o Ministério da Educação sobre a proposta e ambos se manifestaram contrários ao PL, sobretudo pela abrangência.
 
“O texto não restringe o uso a “quando em serviço” nem por tipo de arma, de forma que no ambiente do campus seria difícil promover a segurança de baixo risco”, completou o relator.
 
PM com arma dentro de sala de aula em Fortaleza foi hostilizada
 
Em setembro deste ano, uma poplicial militar que também é aluna do curso de Letras da Universidade Federal do Ceará (UFC), alegou ter sido impedida de assistir aula por estar fardada e armada. A PM estava atrasada e, para não perder aula, resolveu ir para a Universidade ainda com a farda da coorporação.
 
Alegando receio de ter a arma roubada, o revólver usada pela PM foi levado com ela para a sala de aula. Houve protestos de estudantes e a militar teria sido sido hostilizada. 
 
À época, a UFC negou as acusações.
 
Tramitação

O projeto tem caráter conclusivo e ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

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