Imposto
Anfavea: IPI para automóveis sobe em 1º de janeiro
15h35 | 20.11.2014
O governo reduziu o IPI em maio de 2012 para a ajudar a manter a economia aquecida
O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos
automóveis será elevado a partir de 1º de janeiro, segundo o presidente da
Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz
Moan. Ele esteve reunido, em Brasília, com o ministro da Fazenda, Guido
Mantega. O governo reduziu o IPI em maio de 2012 para a ajudar a manter
a economia aquecida.
Após o encontro, Moan indicou que o ministro, em nenhum momento, sinalizou
prorrogar a permanência do imposto reduzido para carros.
Anteriormente, outros integrantes da equipe econômica já tinham antecipado que o
IPI voltaria em 2015 com as alíquotas cheias.
Moan disse que a elevação do IPI a partir de 1º de janeiro é uma decisão do
governo e não uma suposta manobra das montadoras para melhorar
a venda de automóveis no fim do ano. “É uma decisão que está tomada. Vamos
continuar trabalhando [com um cenário de elevação do IPI] na produção, nas
promoções e vendas”, disse o executivo.
Com a elevação, segundo Moan, o carro popular irá subir de 3% para
7%; o carro médio de 9% para 11%, quando flex, e para 13% quando só a
gasolina. A decisão de repassar ou não as alíquotas integralmente para os
preços, segundo ele, dependerá de cada empresa. Moan não quis antecipar o
impacto do reajuste nos preços.
Moan sugeriu que a elevação do IPI não acarretará demissões no setor. “A
indústria automobilística tem seus trabalhadores em um nível muito qualificado,
o que significa crescimento e treinamento fortes. Então, a indústria sempre
evitou fazer uma redução do pessoal em função justamente desse investimento que
foi feito. Vamos lutar para continuar o máximo possível produzindo e vendendo”,
ponderou.
No último dia 11, Moan anunciou que estava otimista em relação ao segundo
semestre do setor em comparação ao primeiro. Ele tem dito que os meses de
novembro e dezembro serão melhores do que a média dos meses de junho a
outubro.
O executivo da Anfavea tinha demonstrado, até então, certo pessimismo em
relação a 2015 devido ao impacto do retorno do IPI a patamares vigentes antes da
crise.
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