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Cid Gomes sugere criação de frente à esquerda para ajudar Dilma na governabilidade

Reuters / Diário do Nordeste | 13h46 | 04.11.2014

Segundo o atual governador, formar a frente reduz o espaço para pressão, "que muitas vezes beira até a chantagem”

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Durante a entrevista que deu depois do encontro com a presidente, Cid falou sobre os investimentos do Governo Federal no Ceará, que são os maiores da história

Foto: Blog do Planalto

Camilo Santana deu à presidente o livro lançado pelo irmão, Tiago Santana, em parceria com o jornalista Audálio Dantas com fotografias tiradas no sertão do Cariri

Foto: Divulgação

O governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), junto com o governador eleito, Camilo Santana (PT), se encontraram com a presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira (4). Durante o encontro, Cid sugeriu que Dilma criasse uma frente de partidos mais alinhados à esquerda para ajudá-la no Congresso e facilitar a governabilidade.
“É fundamental que ela (Dilma) possa ter, além do PT, dois partidos ou frentes fortes que possam ajudá-la na governabilidade. Acho que o (Gilberto) Kassab está cumprindo um papel aí de formação de um partido de centro. E eu me coloquei à disposição para cumprir um papel na busca por uma frente ou um partido à esquerda”, disse Cid a jornalistas após a reunião com a presidente, referindo-se a notícias publicadas sobre movimentações do ex-prefeito.
Dividir para facilitar
“Ter uma frente ou um partido de centro para além do PMDB, e um partido, uma frente à esquerda, ajuda na governabilidade e reduz aí o espaço da pressão que muitas vezes beira até a chantagem”, acrescentou o governador.
De acordo com Cid, que deve conversar ainda nesta terça com o presidente de sua legenda, a ideia é formar inicialmente uma frente com cerca de 10% do plenário da Câmara para então evoluir o grupo para um partido de “todos aqueles que militam à esquerda ... que tenham uma identidade ideológica mais à esquerda”, que pode incluir, inclusive, membros do PSB.
O PSB rompeu como o governo no ano passado, ocasião em que Cid deixou o partido. Após a ruptura, apresentou candidatura própria ao Palácio do Planalto e apoiou o tucano Aécio Neves no segundo turno.
“Eu penso que há pessoas insatisfeitas nesse arco de esquerda.... acho que há gente insatisfeita no PSB”, afirmou.
Questionado sobre a reação da presidente sobre a ideia, o governador disse que não poderia afirmar que ela “concordou” ou “incentivou”.