TEMAS POLÊMICOS
Novos deputados do CE têm perfil conservador
13.10.2014
União entre pessoas do mesmo sexo, redução da maioridade penal e legalização da maconha estão entre os temas
Assim como foi verificado em nível nacional, na Assembleia Legislativa do Estado, os 24 novos deputados eleitos apresentam postura conservadora em relação a temas polêmicos discutidos pela sociedade brasileira. O Diário do Nordeste conversou com parlamentares eleitos para saber a opinião deles sobre aborto, união entre homossexuais, legalização da maconha e redução da maioridade penal.
A maioria deles é contra o aborto e a legalização da maconha. No caso da união entre pessoas do mesmo sexo, alguns defendem o que dita a religião e, para a redução da maioridade penal, praticamente todos os entrevistados se disseram favoráveis. Vale ressaltar que a atual composição da Casa já aprovou, no início deste ano, um requerimento apoiando o Congresso Nacional a reduzir a maioridade de 18 anos de idade para 16.
Conhecido pela defesa da religião católica em Fortaleza, o deputado eleito Walter Cavalcante (PMDB) afirma ser "radicalmente contra" o aborto. Questionado sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, ele defende os ensinamentos da Igreja. Na prática, é contra. A liberação da maconha é outro ponto que o peemedebista se disse contrário. Diferentemente dos demais colegas, Walter foi contra a redução da maioridade penal e ressalta que a atitude não vai resolver o problema da violência no País.
Laís Nunes (PROS) é católica e declara ser "a favor da vida" e contra o aborto. A nova parlamentar também alega não ter preconceito contra os homossexuais, mas, "como católica", defende o que está escrito na Bíblia: "que o homem foi feito para a mulher, para procriar". O pensamento da republicana é semelhante ao do candidato derrotado à Presidência da República Levy Fidélix (PRTB), em rede nacional, o que causou revolta na comunidade LGBT.
Maioridade
Nunes reforça ser contra a legalização da maconha e, no caso da redução da maioridade penal, é favorável, desde que o País tenha condições para atender aos jovens presos em penitenciárias com qualidade. "Se for para prender e colocar eles em prisões, para depois eles saírem mais entendidos de criminalidade, eu sou contra", ponderou.
David Durand (PRB) é pastor evangélico e é contra o aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a legalização da maconha, justificando que faz parte de ONGs que tratam de dependentes químicos. Sobre a redução da maioridade penal, é a favor de que a pessoa pague pelo crime que cometeu, independentemente da idade.
Zé Ailton Brasil (PP), católico, é contra o aborto e à legalização da maconha. Sobre o casamento entre homossexuais, afirmou não ter "parâmetros" para opinar. Ele também é a favor da redução da maioridade penal. O peemedebista Audic Mota, também católico, disse ser a favor do aborto em alguns casos regulamentados em lei. Afirma que não tem "nada contra" o casamento entre pessoas do mesmo sexo e ressaltou que todos têm direito à liberdade de manifestação. É contra a legalização da maconha e a favor da redução da maioridade penal.
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