SEGUNDO TURNO
Dilma e Aécio iniciam definição de estratégias
07.10.2014
Na nova fase da disputa, os presidenciáveis devem reforçar a polarização entre petistas e tucanos
Brasília. Os dois candidatos que vão disputar o segundo turno para a Presidência da República, Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), começaram ontem a definir estratégias para esta nova fase da campanha.
Dilma disse ontem que reunirá governadores e senadores aliados eleitos hoje para dar a arrancada em sua candidatura, tomando o cuidado de não criar conflito onde há aliados disputando o segundo turno, uma preocupação de sua campanha para evitar perda de apoios. "Nós vamos fazer primeiro uma reunião de todos os governadores da minha base eleitos no primeiro turno e de todos os senadores eleitos no primeiro turno e também de governadores que não há conflito no sentido de que não há disputa dentro da base", disse a presidente.
Questionada sobre a possibilidade de subir em mais de um palanque em cada Estado, Dilma disse que vai "aguardar para avaliar".
Uma das preocupações da petista no segundo turno é justamente a disputa entre aliados em disputas estaduais e os danos que isso pode provocar na corrida presidencial.
Na votação de domingo, Dilma teve 41,6% dos votos válidos, ou quase 43,3 milhões, enquanto Aécio ficou com 33,6%, o equivalente a 34,9 milhões.
Para Dilma, "é provável" que os mais de 22 milhões de votos da terceira colocada nas eleições, a candidata Marina Silva (PSB), se dividam no segundo turno entre ela e Aécio.
A petista afirmou ainda que deve começar suas atividades de campanha na rua no Nordeste e seguir para o Sul do País. "E para Minas e São Paulo na sequência", disse.
Troca de farpas
Na primeira agenda após passar para o segundo turno, Aécio rebateu críticas feitas por Dilma e disse esperar "uma campanha limpa". O tucano falou sobre o assunto após reunião, em São Paulo, com o governador Geraldo Alckmin e o senador eleito José Serra.
O tucano disse que ficou surpreso ao ver nos jornais a afirmação da petista de que o País se lembraria dos "fantasmas do passado na hora de decidir o voto". "Me surpreende a candidata oficial falar de fantasmas do passado. Na verdade, os brasileiros estão preocupados com os monstros do presente: inflação alta, recessão e corrupção".
Aécio disse que fará uma campanha limpa e que espera o mesmo de Dilma. "Respeitar o adversário é respeitar a democracia", concluiu.
Imprensa destaca imprevisibilidade
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