CLIENTES AINDA DESINFORMADOS
272 agências aderem à greve nos bancos no Ceará
01.10.2014
O número representa 52,3% das unidades do Estado. No País, 6.572 agências pararam as atividades
Muitos fortalezenses ainda foram pegos de surpresa com a greve dos bancários, que começou ontem em todo o Brasil. Embora a paralisação da categoria tenha sido amplamente divulgada nos últimos dias, era possível encontrar pessoas desinformadas nas agências da Capital, buscando resolver suas pendências.
No primeiro dia de paralisação, pelo menos 272 agências no Ceará aderiram à greve, o que corresponde a 52,3% de um total de 520 estabelecimentos, segundo o Sindicato dos Bancários do Ceará (Seeb-CE). No Brasil, um total de 6.572 agências e centros administrativos fecharam, conforme a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
"Moro no bairro José Walter e não sabia da greve. Aproveitei que estou de férias e vim aqui tentar sacar meu PIS (Programa de Integração Social), mas dei viagem perdida", lamenta o cobrador de ônibus José Batista do Nascimento. Na manhã de ontem, ele foi à agência da Caixa Econômica Federal localizada na esquina da Rua Floriano Peixoto com a Avenida Duque de Caxias, no Centro. Ele deveria ter recebido o benefício no último dia 16, conforme o calendário de pagamento estabelecido pela instituição.
"Eu estive no banco nesta data, mas, como eu não tenho Cartão do Cidadão, me disseram que eu só poderia receber o PIS hoje (ontem). Infelizmente, está tudo parado", conta, informando que utilizaria os R$ 724 do benefício para quitar dívidas de cartão de crédito. "Conto com o PIS para pagar uma fatura de R$ 400. A conta ainda não está atrasada, mas e se a greve demorar a terminar?", questiona José.
Saque
Ainda na mesma agência, a vendedora Tarciana Farias não conseguiu sacar dinheiro. Isso porque, há cerca de 20 dias, ela perdeu seu cartão bancário e não tem como efetuar o saque no caixa eletrônico. "Achei que estava tudo funcionando normalmente e trouxe minha identidade para receber o salário na boca do caixa. Talvez meu novo cartão já esteja pronto, né? O jeito agora é esperar", lamenta.
Para Tarciana, que também é moradora do bairro José Walter, a greve não era para ter
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