sexta-feira, 26 de setembro de 2014

SANTA CASA

Nova reunião vai discutir recursos

26.09.2014

Entidade filantrópica aderiu à paralisação nacional e suspendeu atendimentos eletivos ontem em protesto

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Conforme o provedor da Santa Casa de Fortaleza, Luiz Marques, por falta de verba para cirurgias, todo mês há paralisação na entidade
FOTO: ÉRIKA MARQUES
Depois de uma redução de 40% no número de cirurgias realizadas, uma fila de espera crescente de pacientes que já chega a 3 mil e ameaça dos médicos de paralisarem as atividades, a Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza vai, hoje, para a segunda audiência de acordo com representantes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e a promotora de Justiça de Defesa da Saúde Pública, Isabel Porto, com esperanças de boas notícias.
"Há apenas duas alternativas: a Prefeitura autorizar o aumento da cota extra e a gente realizar um mutirão para derrubar essa fila ou transferir os pacientes que estão na fila para outros hospitais. Se a resposta for negativa amanhã, não sei o que fazer", desabafa o provedor da Santa Casa, Luiz Marques.
Ontem, o hospital filantrópico aderiu à mobilização nacional que envolve 2.100 Santas Casas e hospitais filantrópicos do País que exige que o Sistema Único de Saúde (SUS) revise os valores pagos às unidades de saúde. Os atendimentos eletivos, tanto ambulatorial quanto cirúrgico, foram paralisados durante o dia.
"Não paramos de fazer cirurgias só porque aderimos à paralisação. Paramos todos os meses por volta do dia 20 porque não existe verba para continuar realizando as cirurgias. É um prejuízo constante para a população", defende o provedor.
A fila de espera por uma cirurgia já chega a 3 mil pessoas. As enfermarias estão vazias e quem não aguenta esperar, acaba pagando consultas populares.
Problemas
Segundo Luiz Marques, a redução da cota extra teto paga pela Secretaria cria dois graves problemas: o aumento considerável da fila e a insatisfação do corpo clínico. "Temos 172 pacientes de câncer que deixaram de se operar de abril para cá porque não podemos realizar as cirurgias. E o mais contraditório é que existe lei federal que obriga que o SUS inicie o tratamento do câncer em no máximo 60 dias", diz.

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