terça-feira, 2 de setembro de 2014

COMBATE À ESTIAGEM

Comitê da Seca exige estudo geofísico para perfurar poços

02.09.2014

Municípios terão que apresentar viabilidade hídrica antes de solicitar apoio dos governos para fontes de água

Combate à estiagem
Sistemas com poços profundos podem ficar inviáveis se não houver estudo
FOTO: HONÓRIO BARBOSA
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Em muitas comunidades na zona rural do Estado, o abastecimento só é possível por meio dos carros-pipas. Do contrário, a situação é escassez total
Iguatu. O Grupo de Trabalho do Comitê da Seca, reunido na manhã de ontem, em Fortaleza, passou a exigir dos municípios que solicitam perfuração de poços profundos a apresentação de estudo geofísico. A medida tem por objetivo evitar desperdício de recursos públicos, perda de tempo em decorrência do elevado índice de poços secos ou que apresentam reduzida vazão, inviabilizando o uso pelas comunidades rurais.
A crise de desabastecimento hídrico vem se agravando no Interior do Estado, tanto em localidades do sertão, quanto do litoral. No decorrer dos próximos meses, a situação deve piorar, ante a falta de chuva para o período, elevação da temperatura e maior consumo de água. Resultado: é crescente a demanda por abastecimento de água.
De olho nesse quadro, autoridades tentam ampliar o fornecimento de carros-pipas, a perfuração de poços profundos e a instalação de adutoras para transferência emergencial de água. O trabalho de perfuração de poços profundos passa a ter agora a coordenação da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH).
A novidade está em uma portaria publicada ontem pelo Comitê da Seca. "A situação é crítica em todo o Estado e há muita pressão", disse o secretário adjunto da Secretaria de Recursos Hídricos, Antonio Amorim. "As Prefeituras apresentavam uma relação de comunidades, com solicitação de poços profundos. Os poços eram perfurados, sem estudo geofísico, e muitos eram secos ou apresentavam baixa vazão. Isso significa desperdício de tempo e de dinheiro público".
O objetivo é que o trabalho de perfuração de poços profundos coordenado pela SRH apresente melhor resultado. "Vamos exigir, como contrapartida dos municípios, o estudo geofísico, evitando perfurações aleatórias", disse Amorim. "A prioridade, a partir de agora, é atender as solicitações devidamente encaminhadas, com o estudo geológico", advertiu.

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