segunda-feira, 30 de junho de 2014

TARJAS PRETA E VERMELHA

Preço de remédios pode cair 11%

30.06.2014

Ao todo, a lista traz 174 itens que terão a isenção de PIS/Cofins, o que deverá implicar na diminuição de preços

Brasília. O governo publicou na última sexta-feira a atualização da lista de substâncias usadas na produção de remédios de tarjas preta e vermelha, e que têm isenção de PIS/Cofins. Com a isenção, a expectativa da indústria farmacêutica é uma queda de até 11% nos preços desses medicamentos.
A última vez que o governo atualizou a lista, que hoje tem 1.643 itens, foi em 2007. A estimativa de redução é da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma). Entre os produtos, estão os remédios para tratamento de câncer, de uso crônico, como para hipertensão, diabetes e asma.
Ao todo, a lista, publicada no Diário Oficial da União traz 174 itens que terão a isenção. As substâncias fazem parte da composição de medicamentos de tarja preta, vermelha e de alguns produtos para hemodiálise e para alimentação por sonda.
Com a atualização, 75,4% dos medicamentos vendidos no País ficarão isentos de PIS/Cofins, segundo o Ministério da Saúde. Fernando Sampaio, diretor da Interfarma, explica que a Lei 10.147/00 prevê que todos os produtos com as tarjas podem ter a isenção, mas o incentivo fiscal ocorre somente quando o remédio tem os princípios ativos listados em decreto.
Faturamento
"Hoje, mais de 65% do faturamento do setor farmacêutico já estão isentos. São os produtos para as doenças mais graves, doenças crônicas, doenças contagiosas. Os que não estão são os sem prescrição, e os para doenças menos graves, exemplo disfunção erétil, obesidade", disse Sampaio, acrescentando que "o ideal é que o beneficio fosse para todos os produtos com tarja ou que todo ano o governo publicasse uma lista".
Com prescrição
Segundo o Ministério da Saúde, a seleção das substâncias isentas leva em conta se o remédio é para patologias crônicas e degenerativas; se atende aos programas de saúde do governo instituídos por meio de políticas públicas e se o produto é essencial para a população. Para terem o incentivo, os medicamentos devem estar sujeitos à prescrição médica, ser identificados por tarja vermelha ou preta e destinados ao mercado interno.

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