TRAGÉDIA EM CANINDÉ
Tacógrafo marcava 90km/h, diz PRF
20.05.2014
Velocidade estava dentro do permitido em Lei para os transportes coletivos no trecho da rodovia federal
O tacógrafo do ônibus da Viação Princesa dos Inhamuns, que capotou em Canindé, matando 18 pessoas na manhã do último domingo (18), marcava 90 km/h no momento do acidente, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). O trecho da BR-020 em que ocorreu a tragédia, no Km 303, ainda segundo a PRF, permitia a velocidade empregada pelo veículo.
"A velocidade máxima permitida para ônibus em rodovias federais, onde não há placa indicando, é de 90 km/h. O ônibus estava na velocidade máxima permitida, já que lá não há placa indicando velocidade menor", explicou a PRF, citando ainda que, para carros, o mesmo trecho permite a velocidade de 110 km/h. "A velocidade é alta, certamente dificulta manobras mais repentinas, mas o motorista não estava fora do que é permitido", disse o órgão.
Investigações
A delegada municipal de Canindé, Giselle Martins, afirmou que já foi instaurado inquérito policial. "Já demos início às investigações e estamos tentando localizar o motociclista que teria sido um dos fatores do acidente", disse. De acordo com o motorista do ônibus, uma motocicleta teria entrado à sua frente na rodovia, o obrigando a frear bruscamente. Na manobra, o condutor perdeu o controle do transporte coletivo, que capotou. Os passageiros foram arremessados para fora do coletivo.
Segundo a delegada, há uma testemunha, que já foi ouvida, e que poderá ajudar nas investigações. "Um rapaz foi localizado pelos inspetores no local. Ele já prestou depoimento e confirmou a versão do condutor do ônibus", afirmou. O motorista do ônibus realizou exame de alcoolemia momentos depois do acidente. O exame não apontou presença de álcool no sangue.
Onze passageiros feridos no acidente foram encaminhados ao Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza. Destes, nove permaneciam internados, até o fechamento desta edição. Os outros dois já haviam recebido alta médica.
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