segunda-feira, 19 de maio de 2014

MOBILIDADE ACADÊMICA

Mais acessível, intercâmbio atrai jovens em busca de experiências

19.05.2014

Com grande oferta de programas de bolsas, Ceará está entre os estados com mais estudantes no exterior

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A estudante Mônica Gondim, de 22 anos, se prepara para viajar à França, onde deve permanecer por um ano estudando Engenharia Mecânica.
FOTO: BRUNO GOMES
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Mayra Dias, estudante do curso de Direito, está vivendo, desde o início do ano, na cidade de Le Havre, na França, onde frequenta a faculdade local
Entre os alunos de grande parte das universidades brasileiras, existe, nos últimos anos, um consenso: nunca foi tão fácil fazer intercâmbio e estudar no exterior. Antes considerado um investimento que apenas os jovens com melhores condições financeiras poderiam realizar, passar uma temporada fora do País, fazendo cursos em instituições de ensino estrangeiras, tem se tornando uma realidade possível para qualquer aluno e atraído cada vez mais o interesse dos estudantes cearenses à procura de novas experiências pessoais e acadêmicas.
Dados do programa Ciência sem Fronteiras, uma das alternativas de intercâmbio mais disseminada nas faculdades no Brasil, mostram que, em dois anos, desde que a iniciativa foi implantada pelos ministérios da Educação e da Ciência, 1.743 bolsas de estudo foram concedidas para universitários do Ceará. O Estado é o 9º no Brasil e o 2º no Nordeste com a maior quantidade de jovens aprendendo além-mar. Ao mesmo tempo, as escolas superiores locais, por meio de convênios com os grandes centros de ensino internacionais, enviam, ano a ano, dezenas de acadêmicos ao exterior para complementar graduações, mestrados e doutorados.
Experiências
As experiências bem sucedidas de quem passou uma temporada nas universidades do exterior e retornou ao Brasil também tem funcionado para incentivar cada vez mais jovens a fazerem mobilidade acadêmica, diz a professora Carolina Quixadá, diretora da Assessoria para Assuntos Internacionais da Universidade de Fortaleza (Unifor). Segundo ela, os brasileiros costumam se adaptar facilmente ao cotidiano das escolas estrangeiras e, por isso, conseguem fazer bom proveito da viagem.
"A partir do momento que mais pessoas vão e voltam, falando para os colegas sobre os benefícios, começa o marketing boca a boca entre eles. Está aumentando a consciência de que existe um mundo lá fora e que essa é uma grande oportunidade não só acadêmica, mas profissional e pessoal", destaca Carolina.
A instituição possui 90 parcerias com universidades de 20 países, sendo os europeus mais visados, em especial Espanha, França, Portugal e Alemanha. Semestralmente, cerca de 50 estudantes de cursos variados entram nos programas. Segundo Carolina, os procedimentos para se candidatar às vagas são os mesmos de alguns anos atrás. No entanto, hoje, com a ajuda da Internet, os estudantes encontram menos dificuldades para participar do intercâmbio.

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