MANIFESTAÇÕES
Segurança volta à pauta da Assembleia
22.05.2014
Reclamando a atenção dos governos, alguns deputados expressaram temor com os eventos de protesto no País
Os protestos e greves que tomaram conta do País desde a semana passada foram temas de pronunciamentos, ontem, durante sessão ordinária na Assembleia Legislativa. O deputado Fernando Hugo (SDD), por exemplo, chegou a replicar palavras atribuídas ao presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), o ministro João Augusto Ribeiro Nardes, que disse que o Brasil não tinha governança.
O parlamentar citou também o caso do Município de São Paulo, onde parte dos sindicalistas do transporte público da cidade paralisaram suas atividades por não aceitaram acordo feito com o sindicato patronal. "Eu não posso imaginar o que é uma cidade como São Paulo parada. Os sindicatos guerreiam entre si, e o prefeito Fernando Haddad disse que não é entre grupamentos empresariais e operadores funcionais. É entre os sindicatos", lembrou.
Ele disse ainda que em diversas cidades do Brasil está havendo greve de professores, destacando que muitos desses educadores não têm vontade de ir às aulas para transferir o ensinamento de cidadania, pois em muitos núcleos de educação não existem condições de dar aula.
O parlamentar citou situações em Fortaleza em que alunos estão "fumando maconha" nas salas de aula. "Os alunos chegaram a dizer que iriam 'bombar' a professora e a diretora", disse ele referindo-se a um caso ocorrido no Conjunto Cará.
O deputado Welington Landim (PROS) ressaltou que uma greve de policial deixa a população à mercê da insegurança, e que isso irá afetar toda a população, e, consequentemente, até mesmo a economia do País. Ele frisou também que a greve dos policiais civis é inconstitucional. "Nós temos que zelar primeiro pela democracia. Ninguém pode cercear o direito de manifestação, mas ele tem que está dentro da legalidade. Em São Paulo e Rio de Janeiro existem bandidagem e aliciamento", destacou.
Preocupado
Fernando Hugo, por outro lado, lembrou fala do ministro presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), João Augusto Ribeiro Nardes, que disse que o Brasil estava sem governança. Já Thiago Campelo (PSD) criticou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federa (STF), Teori Zavascki, que soltou o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa da prisão. Ele é envolvido no esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado mais de R$ 10 bilhões e segue sendo investigado pela Polícia Federal (PF). "Como cidadão e como jovem estou muito preocupado com essa situação", lamentou o parlamentar.
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