DO PAÍS
CE é 2º em crescimento de número de homicídio
28.05.2014
Em um ano, assassinatos tiveram aumento de 36,5% no Estado, segundo Mapa da Violência 2014
O Ceará é o segundo estado do País e o primeiro do Nordeste em crescimento do número de homicídios, de acordo com levantamento do Mapa da Violência 2014, que será lançado em três semanas pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso). Foram 32,7 homicídios por 100 mil habitantes em 2011 e 44,6 no ano seguinte, representando um crescimento de 36,5%, enquanto Roraima teve 71,3%. Contudo, o estado mais perigoso continua sendo Alagoas, com 64,6 homicídios por 100 mil habitantes.
A posição do Ceará no ranking se manteve no comparativo do total da população. Em 2012, houve 3.840 mortes violentas, enquanto no ano anterior foram 2.788, o que representa um aumento de 37,7% no período. A primeira colocação foi novamente Roraima, com 74,7%.
No comparativo por 100 mil habitantes de 2002 a 2012, a variação no Estado foi de 136,7%. Já em números absolutos, o Estado passou de 1.443 para 3.840 homicídios em dez anos, um salto de 166,1%. Entretanto, a situação atual deve ser ainda pior. De acordo com o site da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), em 2013, foram registrados 4.462 crimes violentos letais intencionais, o que representa 50,83 homicídios a cada 100 mil habitantes. Ainda segundo o site, até abril deste ano, já houve 1.615 homicídios no Ceará.
O Mapa da Violência foi elaborado a partir das bases de dados de 2012 do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, que utiliza as informações dos atestados de óbito emitidos no País.
O estudo também apresenta dados relativos às mortes por acidentes de trânsito e aos suicídios. Em relação aos óbitos nas ruas e estradas do Ceará, em dez anos, houve um aumento de 63,4% de vítimas. Foram 1.255 em 2002, enquanto 2012 registrou 2.492. De 2011 para o ano seguinte, o crescimento de mortes no trânsito cearense foi de 10,9%, quinto maior do País.
Os suicídios diminuíram nas análises por 100 mil habitantes. De 2002 a 2012, houve redução de 1,6% e de 2011 para 2012, foram 8,9% óbitos a menos.
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