PARCERIA

Central de Intérpretes de Libras é inaugurada

29.04.2014

Com três intérpretes, equipamento vai auxiliar pessoas com deficiência auditiva a se comunicarem

A unidade, aberta pela ministra Ideli Salvatti, funcionará por agendamento, e o atendimento será de segunda a sexta-feira, de 8h às 17h

FOTO: KID JÚNIOR

A segunda Central de Intérpretes de Libras do Ceará foi inaugurada, na noite de ontem, pela ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), Ideli Salvatti. A unidade funcionará, a partir de hoje, no prédio no Casarão da Criança (R. Pedro I, 461, Centro) e contará com três intérpretes para auxiliar, ao dia, cerca de seis pessoas com deficiência auditiva a se comunicarem.

Os recursos para a aquisição dos equipamentos (computadores, telefones, mesas etc) giram em torno de R$ 60 mil e são oriundos do governo federal. Já a manutenção e gastos com pessoal ficarão por conta da Prefeitura Municipal. "Essa parceria é muito importante para o sucesso do projeto", disse a ministra. Com mais essa unidade, o número de centrais no País chega a 37. A meta do governo Dilma Rousseff é ampliar, ainda mais, esse serviço em vários estados brasileiros, comentou.

"Um governo que se preze não pode desprezar as pequenas obras", disse Ideli Salvatti, enaltecendo a grande importância de políticas de promoção da inclusão social. Na central, o intérprete ajudará o interessado a se comunicar quando tiver que ir ao médico, a uma audiência ou em outros deslocamentos.

Ferramentas

Através de uso de um endereço eletrônico (a ser divulgado) e ou do telefone 3105.1170, os intérpretes poderão ser solicitados. Por meio do Skype, o próprio deficiente auditivo pode usar a Língua Brasileira de Sinais para solicitar serviços de tradução e interpretação de Libras, guia-intérprete e esclarecimentos. O serviço será mediante agendamento e o atendimento será de segunda a sexta-feira, de 8h às 17h.

"A unidade objetiva promover acessibilidade aos serviços públicos e à comunicação", enfatizou o secretário Municipal de Cidadania e Direitos Humanos, Karlo Kardozo, admitindo que o número de intérpretes disponível é pequeno. "Mas já é um avanço. Vamos observar as demandas e ver a possibilidade de ampliação", completou.

Fortaleza tem quase 5 mil deficientes auditivos, e solicitações referentes à educação não serão atendidas na Central. Segundo informou Thauzeer Fontenele, o coordenador de Pessoas com Deficiência da Secretaria Municipal de Cidadania e Direitos Humanos, essa demanda está inclusa nas políticas educacionais. A Central faz parte do Programa Viver sem Limites, do governo federal.