BRASIL EM PAUTA
Construção Civil da Capital quer estar no centro das decisões da economia
25.04.2014
Capital receberá fórum nacional que visa dar força ao setor e buscar ideias para aumentar a produtividade do País
Responsável por empregar aproximadamente 120 mil cearenses e com participação significativa no Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, a construção civil do Ceará deseja aumentar a participação que o setor como um todo tem nas decisões econômicas que podem alterar os rumos do País nos próximos anos. Para isso, o setor promoverá, ao longo de 2014, o Brasil em Debate, um fórum nacional de ideias que pretende também trazer a Fortaleza uma série de discussões importantes para o desenvolvimento social e econômico do Brasil.
"É preciso posicionar a construção civil como a grande indústria nacional que é, e não deixá-la à margem das decisões econômicas do País, como hoje ocorre. Assim, um dos objetivos deste evento de porte nacional é dar ao setor a força que tanto merece", afirma Marcos Novaes, presidente da Cooperativa da Construção Civil do Estado do Ceará (Coopercon), que organiza o fórum, em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE).
Marcos Novaes frisa ainda que o Brasil em Debate pretende buscar ideias para aumentar a produtividade da construção civil no País, como, por exemplo, uma reforma tributária para o setor. Além disso, conta, o evento servirá para esclarecer de vez a não existência de "bolha" no mercado imobiliário nacional.
"O evento vai gerar uma súmula com propostas que iremos apresentar ao governo. Temos, atualmente, diversas leis defasadas e benefícios temporários que não permitem que o setor avance com toda a capacidade. Temos condição de colocar muito mais industrialização dentro do canteiro de obras, mas não fazemos porque os tributos são absurdos", diz. "Quanto à suposta existência de bolha imobiliária, isso não existe. Somos especialistas e traremos grandes nomes para que fique claro a real situação do mercado. O crédito está bom e temos um déficit habitacional de 8 milhões de residência. Como pode existir bolha?", questiona.
300 participantes
O Brasil em Debate terá sua primeira grande discussão no dia 5 de maio, quando o economista e apresentador de televisão, Ricardo Amorim, ministrará palestra no Lulla's Athénée Buffet. O evento será restrito a 300 participantes, entre empresários, industriais e parceiros da construção civil. Até o fim do ano, outros grandes nomes virão à Capital para participar dos debates, como o pré-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos; o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles; e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Queremos pensar o País como um todo. O setor precisa saber para onde o Brasil está indo para se situar nesse contexto", diz André Montenegro, presidente do Sinduscon.
Segundo a organização do Brasil em Debate, a segunda palestra deve ocorrer em julho ou agosto, a terceira em setembro e a última em novembro. Há também a possibilidade de um quinto debate ser marcado.
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