ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
Segurança pública volta ao debate
27.03.2014
Mais uma vez o aumento da violência na Capital e no Interior do Estado gerou debate durante sessão da Assembleia Legislativa. O deputado Heitor Férrer (PDT), em seu pronunciamento, disse que o governador Cid Gomes fracassou na política de Segurança Pública no Ceará, ainda que este tenha sido o carro-chefe da sua campanha, em 2006.
Conforme informou, o gestor se elegeu prometendo diminuir a violência, o que não ocorreu, visto que as ocorrências e reclamações da população só têm aumentado. Ele lembrou ainda que Fortaleza está sendo considerada como a sétima Capital mais violenta do planeta, o que foi tema de reportagem do Fantástico, da Rede Globo.
"Há os que contestam, dizendo que a Rede Globo mentiu. O fato é que somos uma cidade excessivamente violenta", lamentou, ressaltando ainda que em um período onde o Reino Unido registrou 500 homicídios, o Estado do Cará teve cerca de 4.462 assassinatos.
Impunidade
"Esses homicídios são de pessoas que têm pai, que têm mãe, que têm filhos e esposas. Alguns, 'degeneradamente' dizem que estes são drogados e viciados. Mas são tão cearenses como nós, e deveriam ter a mesma tranquilidade que nós temos". Ele disse ainda que essas pessoas só vão ao mundo das drogas e do crime devido a falta de políticas públicas de inserção desses cidadãos na sociedade, sem contar a impunidade que foi gerada ao longo dos anos.
O deputado Tin Gomes (PHS) reconheceu que há dificuldades nas políticas de segurança, mas destacou que toda a sociedade civil deve se mobilizar para tentar diminuir os altos índices de violência. "Temos que ver aqui é que temos que fazer uma sessão conjunta com todos os deputados federais e estaduais, assim como os senadores, A menor idade temos que discutir, mas com eles, os federais", sugeriu.
O deputado Manoel Duca (PROS) também discorreu sobre o tema, e disse que a Secretaria de Segurança do Estado tem feito sua parte na tentativa de reduzir a criminalidade, inclusive prendendo os autores de homicídios. No entanto, ele ressaltou que os menores de 18 anos de idade voltam para as ruas para praticar outros crimes.
"Não se pode deixar soltos esses delinquentes matando o povo", afirmou ele reafirmando discursos anteriores em que defende a necessidade de o Congresso Nacional votar uma lei para reduzir a maioridade penal, como já ocorreu em outros países.
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