REPERCUSSÃO DO PIB
Mantega: 4º tri mostra trajetória de aceleração
28.02.2014
Governo comemorou o resultado “satisfatório” do ano passado, que poderia ter sido “ainda maior”, diz o ministro
Rio. O avanço do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no quarto trimestre, de 0,7% em relação ao trimestre anterior, surpreendeu o mercado e até mesmo o governo federal, afirmou ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Esse crescimento indica que a economia brasileira está numa trajetória de aceleração gradual em relação ao ano anterior. Estamos numa trajetória de crescimento que vai continuar em 2014", comentou.
Havia o temor de dois trimestres de queda consecutiva no desempenho da produção nacional - no terceiro, houve retração de 0,5% na atividade. Em 2013, porém, a economia brasileira acabou crescendo 2,3%, segundo dados do PIB divulgados pelo IBGE. Em valores, o PIB de 2013 somou R$ 4,84 trilhões.
Cenário internacional
O governo comemorou o resultado "satisfatório" do ano passado, que poderia ter sido "ainda maior" caso o cenário internacional fosse mais favorável. "Se não houvesse essa dificuldade da economia internacional, teríamos crescido mais, aproveitando o mercado interno, e o mercado externo, com aumento das exportações", afirmou Mantega. Ainda segundo o ministro, foi um "crescimento de qualidade", puxado por investimentos, que apresentou alta de 6,3%.
"Isso significa que a indústria e agricultura adquiriram máquinas e equipamentos, se tornaram mais produtivos, e o aumento de produtividade terá consequências para 2014", disse Mantega. De acordo com o ministro, o investimento deve manter trajetória crescente em 2014, estimulado pelas concessões de projetos de infraestrutura, como estradas e aeroportos.
Setores
A indústria, que teve um desempenho fraco em 2013, produzindo apenas 1,3% mais do que no ano anterior, foi impactada pela crise internacional e pela falta de mercados internacionais, afirmou Mantega.
Já o agronegócio, um dos destaques da expansão em 2013, com crescimento de 7%, não sofreu tanto os impactos da turbulência cambial e das mudanças nos fluxos de capital, motivadas, entre outros fatores, pela desaceleração do crescimento da China e a retirada de estímulos feita pelo banco central americano.
"É difícil que caia o consumo de commodities agrícolas para alimentação, e o Brasil é um grande exportador de commodities agrícolas. Tivemos safras melhores, a produtividade do setor continua subindo", disse.
Mesmo com os dados surpreendentes, o governo mantém sua projeção de crescimento para 2014 em 2,5% - uma perspectiva otimista, tendo em vista a expectativa do mercado de crescimento de 1,7%.
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