MAIS MÉDICOS
CE tem a maior adesão na região
30.07.2013
Mais Médicos cobre menos de 30% da demanda das cidades, segundo balanço do Ministério da Saúde
Brasília. O Mais Médicos para o Brasil contou com a adesão de 3.511 municípios, que equivalem a 63% do total de prefeituras no Brasil e a 92% das consideradas prioritárias para o programa. Juntas, estas cidades apresentaram demanda e capacidade para terem 15.460 médicos atuando na atenção básica.
Mas só um quarto (4.657) dos 18.450 médicos inscritos no programa do governo federal confirmou seu cadastro e está oficialmente apto a trabalhar na rede pública de saúde. Os dados são do balanço divulgado ontem pelo Ministério da Saúde.
Desse total, 3.891 possuem registro profissional válido no Brasil e 766 têm diplomas do exterior (19,6% dos inscritos).
O principal objetivo do programa é levar médicos para atuar nas cidades do interior ou nas periferias dos municípios com carência de profissionais em contratos provisórios de até três anos. O programa, lançado no início do mês por meio de uma medida provisória, tem gerado inúmeros protestos da classe médica, que não concorda com condições como a dispensa da obrigatoriedade de revalidação do diploma de médicos formados fora do País.
"A disposição destes médicos em participar do programa e atender nos municípios do interior e na periferia das grandes cidades é fundamental para conseguirmos melhorar o atendimento prestado à população", informou em nota o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Inconsistências
Ao todo, 7.278 médicos inscritos possuem registros inválidos nos conselhos regionais de medicina. Ainda segundo o ministério, o baixo número de médicos residentes que demonstrou interesse em participar do programa chamou atenção: dos 1.270 profissionais que haviam se inscrito, apenas 31 (2,4%) confirmaram o interesse. Uma das exigências era a de o médico declarar que desistiria de continuar cursando a sua especialização.
Uma nova rodada de inscrições será aberta em 15 de agosto. Os médicos com a documentação pendente poderão fazer as correções e concluir seu cadastro nessa próxima fase.
Na quinta-feira, dia 1º, será divulgada a relação de médicos e a indicação da cidade para cada profissional.
Balanço mostra decepção
Brasília O fato de apenas 25% dos médicos pré-inscritos no Mais Médicos terem confirmado a intenção de participar do programa confirma "a decepção dos candidatos com a proposta", avalia o Conselho Federal de Medicina (CFM). Em nota, o conselho critica o que vê como fragilidades do programa.
"Os dados confirmam a decepção dos candidatos com a proposta quando constatam a falta e/ou fragilidade de garantias de condições para o exercício da medicina (infraestrutura, apoio de equipes ou supervisão adequada) e a inexistência de direitos trabalhistas típicos de vínculos precários (sem carteira assinada), como inexistência de FGTS, 13º salário ou mesmo férias remuneradas", afirma a nota.
Segundo o CFM, o balanço de inscritos mostra a "inconsistência do programa, lançado de forma improvisada e sem diálogos com setores importantes da sociedade". Entidades médicas devem fazer uma nova manifestação amanhã contra o programa do governo federal.
Ontem, o secretário de gestão do trabalho do Ministério da Saúde, Mozart Sales, defendeu o programa das críticas e se disse contente com os resultados.
Brasília. O Mais Médicos para o Brasil contou com a adesão de 3.511 municípios, que equivalem a 63% do total de prefeituras no Brasil e a 92% das consideradas prioritárias para o programa. Juntas, estas cidades apresentaram demanda e capacidade para terem 15.460 médicos atuando na atenção básica.
Mas só um quarto (4.657) dos 18.450 médicos inscritos no programa do governo federal confirmou seu cadastro e está oficialmente apto a trabalhar na rede pública de saúde. Os dados são do balanço divulgado ontem pelo Ministério da Saúde.
Desse total, 3.891 possuem registro profissional válido no Brasil e 766 têm diplomas do exterior (19,6% dos inscritos).
O principal objetivo do programa é levar médicos para atuar nas cidades do interior ou nas periferias dos municípios com carência de profissionais em contratos provisórios de até três anos. O programa, lançado no início do mês por meio de uma medida provisória, tem gerado inúmeros protestos da classe médica, que não concorda com condições como a dispensa da obrigatoriedade de revalidação do diploma de médicos formados fora do País.
"A disposição destes médicos em participar do programa e atender nos municípios do interior e na periferia das grandes cidades é fundamental para conseguirmos melhorar o atendimento prestado à população", informou em nota o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Inconsistências
Ao todo, 7.278 médicos inscritos possuem registros inválidos nos conselhos regionais de medicina. Ainda segundo o ministério, o baixo número de médicos residentes que demonstrou interesse em participar do programa chamou atenção: dos 1.270 profissionais que haviam se inscrito, apenas 31 (2,4%) confirmaram o interesse. Uma das exigências era a de o médico declarar que desistiria de continuar cursando a sua especialização.
Uma nova rodada de inscrições será aberta em 15 de agosto. Os médicos com a documentação pendente poderão fazer as correções e concluir seu cadastro nessa próxima fase.
Na quinta-feira, dia 1º, será divulgada a relação de médicos e a indicação da cidade para cada profissional.
Balanço mostra decepção
Brasília O fato de apenas 25% dos médicos pré-inscritos no Mais Médicos terem confirmado a intenção de participar do programa confirma "a decepção dos candidatos com a proposta", avalia o Conselho Federal de Medicina (CFM). Em nota, o conselho critica o que vê como fragilidades do programa.
"Os dados confirmam a decepção dos candidatos com a proposta quando constatam a falta e/ou fragilidade de garantias de condições para o exercício da medicina (infraestrutura, apoio de equipes ou supervisão adequada) e a inexistência de direitos trabalhistas típicos de vínculos precários (sem carteira assinada), como inexistência de FGTS, 13º salário ou mesmo férias remuneradas", afirma a nota.
Segundo o CFM, o balanço de inscritos mostra a "inconsistência do programa, lançado de forma improvisada e sem diálogos com setores importantes da sociedade". Entidades médicas devem fazer uma nova manifestação amanhã contra o programa do governo federal.
Ontem, o secretário de gestão do trabalho do Ministério da Saúde, Mozart Sales, defendeu o programa das críticas e se disse contente com os resultados.
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