sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Camilo pede a Moro reforços para penitenciárias

Mauro Albuquerque, Camilo Santana, Sergio Moro e André Costa em reunião em Brasília IsaacAmorim/AG.MJ
Mauro Albuquerque, Camilo Santana, Sergio Moro e André Costa em reunião em Brasília IsaacAmorim/AG.MJ
O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), pediu ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, novos reforços contra os ataques que o Estado tem sofrido desde o último dia 2. Em reunião ontem, em Brasília, Camilo solicitou 90 agentes penitenciários para ação nas unidades prisionais. 

O governador explicou a Moro a queda no número de ataques nos últimos dias, mas defendeu a continuidade do alerta tanto das forças estaduais como nacionais como forma de evitar reações das facções criminosas.

"A gente foi fazer (para o ministro) um diagnóstico da situação, solicitações de reforço de agentes penitenciários para as unidades prisionais do Ceará e a necessidade de manter, mesmo com a queda significativa das ações, o estado de alerta e monitoramento tanto das forças do Estado quanto também a presença da Força Nacional", informou Camilo após reunião.

Conforme assessoria do governador, Moro "ficou de estudar (o pedido) e irá responder ao Estado". A assessoria do ministério foi questionada pelo O POVO quanto a um posicionamento, mas não respondeu até o fechamento desta página.

No dia 4 de janeiro, o ministro enviou inicialmente 300 homens, efetivo que foi acrescido de outros 106 dois dias depois. A Força Nacional ainda tem previsão de continuar mais duas semanas no Estado. Camilo disse que não houve acerto para a prorrogação.

A permanência inicial definida foi de 30 dias, cujo encerramento seria no início de fevereiro. De acordo com a assessoria do governador, Moro e Camilo "conversaram, sim, sobre a possibilidade de prorrogar", mas a situação será avaliada até o fim desse período para verificar se haverá necessidade. Além da Força Nacional, há também agentes de inteligência prisional do 
Departamento Penitenciário Nacional (Depen) atuando em conjunto com o Estado.

"Precisamos ser firmes, mostrar que quem manda é o Estado. Tivemos um pico de ações nas ruas e elas tiveram redução significativa. Vamos continuar mantendo as ações dentro do sistema prisional, transferindo líderes para presídios federais", salientou o governador em Brasília.

De acordo com Camilo, alguns dos ataques - que as cidades cearenses têm vivenciado tendo como alvos prédios públicos, coletivos e veículos de serviço e mesmo obras de infraestrutura - deveriam ser classificados como atos de terrorismo. Ele defende mudança na legislação para isso: "Incendiar ônibus, tentar explodir uma ponte, danificar prédios públicos, hoje em dia não posso tipificar essa ação como terrorismo. Tem de haver mudança, de acordo com o que está acontecendo no Ceará. São organizações criminosas reagindo a ações fortes do Estado tentando intimidar". 

(Com agências)
SECRETÁRIOS 

A reunião em Brasília contou ainda com os titulares da Secretaria da Administração Penitenciária do Ceará, Mauro Albuquerque, e da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, André Costa.


A reunião em Brasília contou ainda com os titulares da Secretaria da Administração Penitenciária do Ceará, Mauro Albuquerque, e da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, André Costa.


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