Nova rodada do Ibope mostra que o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) mantém liderança no segundo turno da corrida ao Palácio do Planalto. O candidato tem 57% dos votos válidos (excluídos brancos, nulos e indecisos) contra 43% de Fernando Haddad (PT).
Em relação à sondagem anterior, divulgada na semana passada, o capitão da reserva oscilou negativamente dois pontos, enquanto Haddad se movimentou positivamente dois pontos, ambos dentro da margem de erro do levantamento, que é de 2%.
Se revela dianteira ainda folgada do militar sobre o petista, o Ibope traz duas notícias ruins para o nome do PSL. A quatro dias das eleições, a rejeição a Bolsonaro cresceu cinco pontos percentuais, indo de 35% para 40%.
A taxa dos que não votariam em Haddad de jeito nenhum, por sua vez, caiu seis pontos, passando de 47% para 41% no mesmo período.
O índice de eleitores que votariam com certeza no deputado federal também sofreu queda: de 41% na pesquisa anterior para 37% agora. Quando o candidato é Haddad, o patamar de certeza do eleitorado foi de 28% para 31%.
Na modalidade espontânea, cenário no qual o realizador da pesquisa não apresenta previamente a cartela com os nomes dos postulantes, o desempenho de Bolsonaro piorou.
Entre o ex-capitão e o ex-prefeito de São Paulo, a diferença encolheu para nove pontos percentuais: 42% a 33% a favor do parlamentar. Na sondagem do dia 15/10, Bolsonaro tinha 47% e Haddad, 33%.
O Ibope entrevistou 3.010 pessoas entre os dias 21 e 23 de outubro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi contratada pelo jornal Estado de S. Paulo e TV Globo.
Nos votos totais, Bolsonaro sustenta patamar de 50% dos votos ante 37% de Haddad. Brancos e nulos somam 10%. Não sabem ou não responderam, 3%. No dia 15/10, o pesselista detinha 52% da preferência do eleitorado e o petista, 37%.
Essa foi a primeira pesquisa feita após reportagem da Folha de S. Paulo denunciar possível compra de pacotes de disparo de mensagens contra o Partido dos Trabalhadores por empresas no WhatsApp.
Os questionários captam ainda parte da repercussão das falas do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) que se tornaram públicas no último fim de semana.
Em vídeo gravado em julho deste ano, Eduardo, filho de Bolsonaro, afirma que, para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF), "não precisa mandar jipe, bastam um cabo e um soldado".
O episódio provocou a reação de cinco dos 11 ministros do STF, que condenaram o teor da declaração. Entre eles, o decano da Corte, Celso de Mello, para quem a postura do deputado foi "golpista" e "inconsequente".
Nessa terça-feira, Eduardo envolveu-se em mais uma polêmica. Durante participação em audiência pública no dia 12 de julho na Câmara, o deputado disse que, "caso o próximo presidente venha a aprovar projetos que sejam contrários ao gosto desse Supremo, eles vão declarar inconstitucional, e, aqui, a gente não vai se dobrar a eles, não".
Questionado sobre as respostas do filho, Bolsonaro falou que já havia conversado com o "garoto". Aos 34 anos, Eduardo foi o deputado federal mais votado do País, com 1,7 milhão de sufrágios por São Paulo.
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