A Polícia Federal informou ontem, sem fornecer mais detalhes, que analisa "dados financeiros" de Adelio Bispo de Oliveira, agressor do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL). O rastreamento faz parte de uma série de diligências para "identificar todas as possíveis conexões e motivações do crime". Bolsonaro foi esfaqueado na semana passada, em Juiz de Fora (MG), e está internado.
Segundo a PF, prosseguem a "coleta de depoimentos e a análise de outros dados existentes em imagens, mídias, computadores, telefones e documentos apreendidos". No fim de semana, a juíza Patrícia Alencar Teixeira de Carvalho, da 2ª Vara Federal de Juiz de Fora, autorizou a quebra do sigilo de quatro celulares e um notebook encontrados no quarto da pensão em que Oliveira estava morando na cidade mineira.
Autuado em flagrante, Oliveira foi indiciado com base no artigo 20 da Lei de Segurança Nacional. Se processado e condenado, pode pegar até 20 anos de prisão.
A PF também ouviu uma mulher que aparecia em vídeos da cena do atentado e descartou sua participação no crime, de acordo com fontes com acesso à investigação. Aryane Campos havia sido apontada em redes sociais, por apoiadores de Bolsonaro, como a responsável por entregar a faca usada por Oliveira no ataque. Até o momento, a linha de investigação da PF indica que o agressor agiu sozinho. No entanto, investigadores estão ouvindo pessoas que aparecem em imagens do dia do atentado.
Ontem, os filhos de Bolsonaro, Flávio e Eduardo, estiveram na sede da PF, em Brasília, para um encontro com o diretor-geral da corporação, Rogério Galloro. Eles queriam saber detalhes da investigação.
"O doutor Galloro nos tranquilizou dizendo que está tudo sendo feito num prazo dentro do mais razoável possível", afirmou o deputado federal Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), ao deixar a Polícia Federal, em Brasília.
A pedido do Partido Social Liberal, a PF analisa a possibilidade de estender a escolta federal aos filhos do presidenciável.
Ainda nesta segunda-feira, representantes da Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ) e Testemunhas de Jeová de Montes Claros (MG) negaram estar financiando a defesa de Adelio Bispo de Oliveira. "Isso não existe. Não tem cabimento", disse o pastor Antonio Levi de Carvalho.
As Testemunhas de Jeová emitiram uma nota na qual negam que Adelio tenha feito parte da congregação.
com agências
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