A operação de segurança para as eleições deste ano no Ceará está definida com mais de 14 mil agentes envolvidos. O plano terá efetivos das polícias Militar, Civil, Federal, Rodoviária Federal e das Forças Armadas. A maior tropa será a da PM, com 10.023 policiais destacados.
O Exército, o principal contingente das Forças Armadas, terá cerca de 3 mil homens atuando em cinco cidades - Fortaleza, Caucaia, Maracanaú, Sobral e Juazeiro do Norte -, todas com mais de 100 mil eleitores. A convocação foi pedido do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Uma das justificativas descritas na solicitação teria sido o reforço preventivo para locais de votação em territórios de facções criminosas.
Este total de agentes de segurança acionados ainda será um pouco maior. A Polícia Federal não repassou ao O POVO seu quantitativo, mas terá pessoal destacado em todo o Estado e com agentes de sobreaviso. Marinha e Aeronáutica ainda irão definir suas tropas para a demanda. O Ceará tem 6,3 milhões de eleitores aptos a votar e a estratégia deverá ser redimensionada entre o primeiro e segundo turnos - dias 7 e 28 de outubro, respectivamente.
Cada força acionada montou plano estratégico próprio, mas as ações funcionarão integradas. Em reunião ocorrida na última terça-feira, os órgãos acertaram detalhes finais. Para amanhã, em local e horário ainda a ser definido, outra reunião deverá ser entre a cúpula local do Exército e a do TRE, que coordena as eleições. O general de divisão Fernando José Soares da Cunha Mattos, comandante da 10ª Região Militar, irá apresentar à presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargadora Nailde Pinheiro, mais pontos específicos da proposta de ação militar.
"O Exército só irá agir pontualmente naquilo que o TRE oficiar pedindo apoio. O trabalho geral será feito pela Segurança Pública. O que for demandado especificamente pela Justiça Eleitoral eles irão atender", explicou o secretário estadual da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), André Costa.
Segundo ele, até ontem não havia sido recebida nenhuma denúncia de candidato sobre eventual ação das facções durante esta campanha eleitoral.
O juiz Eduardo Scorsafava, presidente da Comissão Permanente de Segurança da Justiça Eleitoral, confirma que "a dez dias das eleições (hoje), não registramos nenhum incidente grave". Ele confirmou, sem dar detalhes, que "algumas atuações pontuais de facções em determinados bairros" influenciaram no pedido do TRE para a presença das forças militares neste pleito.
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