quinta-feira, 23 de agosto de 2018

VERSÃO IMPRESSA Candidatos vão ao ataque após divulgação de pesquisa

Pesquisa Datafolha de intenção de voto para corrida presidencial, divulgada na madrugada de ontem, pautou o dia dos candidatos, que foi marcado por ataques e argumentos calcados na campanha televisiva que ainda não começou.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera pesquisa com 39% das intenções de voto. O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) tem 19%, a ex-ministra Marina Silva (Rede), 8%, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), 6%.

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) aparece com 5%, Alvaro Dias (Podemos) com 3%, João Amoêdo (Novo) soma 2% e Henrique Meirelles (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Cabo Daciolo (Patriota) e Vera Lucia (PSTU) têm 1% cada.

No cenário sem Lula, que está em preso em Curitiba desde 7 de abril, Bolsonaro lidera com 22% e Marina tem 16%. Na sequência aparecem Ciro, com 10%, e Alckmin, com 9%. Dias e o provável substituto de Lula na disputa, Fernando Haddad (PT), têm 4% cada.

Amoêdo e Meirelles têm 2%, enquanto Vera, Daciolo, Boulos e João Goulart Filho (PPL) têm 1%. Eymael (DC) não pontuou nos dois cenários.

A pesquisa também demonstrou que Bolsonaro perderia em um eventual segundo turno para Marina e Alckmin, e teria empate técnico com Ciro. O candidato do PSL venceria, contudo, em uma disputa com Haddad.

Na projeção entre Marina e Bolsonaro, a candidata da Rede tem 45% das intenções de voto, contra 34% do candidato do PSL. Já o tucano Geraldo Alckmin aparece com 38%, contra 33% de Bolsonaro.

Em relação a Ciro, a disputa é mais apertada: 38% para o pedetista contra 35% para o candidato do PSL. Contra Haddad, a pesquisa indica 38% das intenções de voto para Bolsonaro, contra 29% para o ex-prefeito de São Paulo.

Em visita a Presidente Prudente, um dos mais fiéis redutos tucanos, Bolsonaro criticou Alckmin: "Alckmin se juntou ao que tem de pior na política brasileira. É por isso que os eleitores dele agora estão me apoiando. É só comparar a minha vida pregressa com a dele. Estou no sétimo mandato de deputado federal e não tenho uma mancha. Já ele está na mira da Lava Jato em São Paulo", afirmou.

Alckmin, por sua vez, afirmou que espera disputar o segundo da eleição com Bolsonaro. "O que todo mundo quer é o Bolsonaro no segundo turno, porque ele perde para qualquer um. Vamos chegar ao segundo turno", disse Alckmin, após visitar um frigorífico na cidade de Gurupi, no Tocantins. Com maior tempo entre todos os presidenciáveis, o ex-governador aposta no horário eleitoral gratuito no rádio e TV para decolar nas pesquisas.

Por meio do Twitter, Marina comemorou os números: "O resultado do Datafolha é favorável, mas não muda nossa estratégia. Vamos seguir trabalhando duro para apresentar nossas propostas. A única que pode fazer a diferença nesta eleição é a sociedade".

Ciro Gomes se esquivou de comentar os resultados da pesquisa. "Repito o que disse ontem. Pesquisa é momento, é uma fotografia de momento, mas a vida é um filme", disse. Perguntado sobre qual seria a posição dele em um eventual segundo turno de Bolsonaro contra o PT, Ciro respondeu: "Pode morrer? Olha, a gente tá lutando por uma saída que não seja extremista, que não seja demagógica e que não seja mentirosa", afirmou, sem citar os nomes dos adversários. "Vamos deixar o povo resolver".
Com Agência Estado

MDB
Em entrevista à Record TV, na noite de ontem, o candidato à Presidência da República pelo MDB, Henrique Meirelles, reconheceu que muitos não o conhecem.

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