O que é ser presidente do Brasil, num País em crise econômica, em crise moral, em crise de confiança dos seus cidadãos, sucumbido até em crise no Poder Judiciário, sem partidos com verdadeiras identidades ideológicas?
Somente para exemplificar, vale lembrar quatro conceitos. Hoje se fala muito em federação; democracia, bem-estar socioeconômico do povo; funções do Poder Executivo, etc.
De início cabe esclarecer que o Brasil não é uma Federação na concepção exata do termo, haja vista a guerra geopolítica travada entre os estados brasileiros, consequência da junção de estados, imposta sem um diálogo e sem consenso.
Também não existe no Brasil uma democracia, pois o poder não é exercido em nome do povo e para o povo, pois os governantes fazem o que lhes convêm, em função de seus próprios interesses, porque o Congresso não funciona.
O bem-estar da população, no máximo, é confundido com o Índice de Desenvolvimento Humano, o IDH, quando, na verdade, propiciar condições de bem-estar é assegurar que a população possa usufruir dos bens públicos, como, por exemplo saúde, educação e segurança e de uma renda condigna.
As funções das diferentes esferas de governo, precisam ser conhecidas, principalmente as do governo central. Assim, prover a sociedade com os chamados bens públicos, como segurança e justiça, e bens meritórios, ou seja, aqueles que podem ser ofertados também pelo setor privado, com educação e saúde, está na primeira função do governo central, a função alocativa.
Somam-se àquela as funções redistributivas, visando a uma maior redistribuição de renda e a função estabilizadora, com vistas ao pleno emprego, a estabilidade de preços e das contas externas e uma razoável taxa de crescimento socioeconômico.
Assim, há muito que refletir antes da escolha daquele que vai governar os destinos do Brasil.
O próximo presidente terá à sua frente um trabalho árduo.
Pedro Jorge Ramos Vianna
pjrvianna@hotmail.com
Economista e professor titular aposentado da UFC
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