O candidato ao Senado Cid Gomes (PDT) disse ontem, em evento de tática da legenda em um hotel na Capital, que o plano B do Partido dos Trabalhadores à Presidência, Fernando Haddad (PT), é "uma pessoa que a gente nem sabe quem é". Ao enaltecer as qualidades do irmão, o presidenciável Ciro Gomes (PDT), Cid tentou comparar o ex-prefeito de São Paulo à ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em uma referência negativa.
"Ele (Lula) não sendo candidato querer apresentar uma pessoa que a gente nem sabe quem é. Isso sinceramente não é coisa que o Brasil tenha mais o direito de fazer. Isso já aconteceu com a Dilma. E não tô falando mal da Dilma. Eu gosto da Dilma, tanto que convidei ela para vir ser senadora, há três meses, aqui do Estado do Ceará", afirmou o ex-governador. E emendou: "Eu gosto dela, mas para presidir um País tem que ter um conjunto de habilidades que eu digo a vocês que nenhum desses aí tem. As habilidades, a experiência, a capacidade, a dedicação, o que o Ciro já fez e já se preparou para essa tarefa".
Cid, sentado à vontade no auditório do hotel, buscou animar a "militância" pedindo votos para todo o grupo que está unido em torno da reeleição do governador Camilo Santana, inclusive pedindo apoio para o senador Eunício Oliveira (MDB), que não estava presente.
"Estamos aqui representados pelo número de apóstolos que Jesus Cristo reuniu à sua mesa durante a Santa Ceia, é o número 12 (do PDT). É o número emblemático pra gente. Como o governador é um 'caba' assim destacado, a gente soma um e dá 13 (do PT, de Camilo) depois volta de novo pro 12. Começa no senador com 12 e alguma coisa. Tem uma hora que dá uns três assim a mais (15, do MDB de Eunício) e depois volta de novo pro 12", disse Cid.
O irmão de Ciro justificou o apoio a Eunício afirmando que "nós não somos egoístas". "Não somos de um partido só nem nunca fizemos política sozinhos, nem queremos que um partido só seja o dono da verdade", declarou.
O governador, que iria ao evento com a presença também do prefeito Roberto Cláudio (PDT), optou por ir direto para a inauguração do comitê de campanha do candidato a deputado federal José Guimarães (PT), que ocorreu na sede do partido, na Avenida da Universidade.
Mais petista do que nunca quando participa de eventos da sigla, Camilo voltou a defender a liberdade de Lula. O governador, que disse ter chorado "como menino" no dia da prisão do ex-presidente, falou ainda que o País só terá a democracia restabelecida quando Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto, for colocado em liberdade.
"Muita gente vai querer criar fofoca como já tentaram várias vezes, mas eu quero aqui dar um recado claro. Eu sei que fazemos parte de uma coligação, eu sei que numa coligação dessas tem divergências que é preciso respeitar, nós vivemos numa democracia. Mas eu quero dizer que sempre estarei ao lado do meu querido Luiz Inácio Lula da Silva", discursou Camilo.
Sobre a pesquisa Ibope, que coloca o governador com ampla vantagem em relação ao candidato da oposição, General Theophilo (PSDB), Camilo falou que recebeu os números com a "sensação de gratidão ao povo cearense" e que é o "carinho" que recebe das pessoas que lhe dá "força".
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