O brasileiro que adequou a programação de domingo para voltar os olhos à final da Copa do Mundo não se arrependeu. No horário do almoço, a França mostrou extrema consciência, disciplina tática, maturidade e eficiência para vencer a Croácia por 4 a 2, no estádio Luzhniki, em Moscou, e ficar com o título de forma merecida na decisão, que empatou com as de 1930, 38 e 66 e entrou para a história como a 2ª final com maior número de gols — atrás apenas do Brasil 5 x 2 Suécia, em 1958.
A impecável campanha dos Bleus no Mundial não deixa dúvidas quanto a isso. Nos sete jogos, seis vitórias e um empate, com 14 gols marcados e seis sofridos. Atestado da consistência e da eficiência do modelo de jogo do treinador Didier Deschamps, que prioriza forte marcação, transições rápidas e forte aposta nas bolas paradas.
Foi assim que os franceses abriram o placar na final, aos 17 minutos. Griezmann cobrou falta na área e o atacante croata Mandzukic, que tentava ajudar na defesa, acabou colocando contra o próprio gol.
O placar prematuro fez a partida se desenhar para o cenário já aguardado: Croácia com mais posse de bola e trocas de passes, França se defendendo bem e buscando contra-ataques. Só que a resposta dos croatas veio dez minutos depois. Após jogada ensaiada depois de cobrança de falta na área, Perisic, um dos destaques da seleção no Mundial, marcou um golaço da entrada da área.
O atacante croata só não esperava que dez minutos depois ele iria virar vilão. Dentro da área, a bola bateu em seu braço e o árbitro de vídeo (VAR) foi acionado. Então, juiz Néstor Pitana, que não havia marcado a penalidade, voltou atrás e assinalou pênalti, que Griezmann convertei para deixar os franceses novamente à frente.
No segundo tempo, a sensação era de que viria um “chocolate”. A Croácia nitidamente sentiu desgaste pelos 90 minutos a mais que esteve em campo (jogou três prorrogações consecutivas) e perdeu intensidade, enquanto do outro lado o que se via era muita velocidade nos contra-ataques. Assim que Pogba, aos 13 minutos, e Mbappé, aos 19 minutos ampliaram o marcador com chutes de fora da área, o que decretou o título.
Houve tempo para Mandzukic diminuir, aos 23 minutos, em falha feia de Lloris, que tentou driblar o atacante e perdeu a bola. Mas nada que assustasse mais os Bleus. A festa já estava selada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário