segunda-feira, 18 de junho de 2018

Brasil empata com Suíça e é mais um favorito a "bater na trave"

PERSEGUIDO em campo, Neymar sofreu dez faltas no decepcionante empate com a Suíça JOE KLAMAR/AFP
PERSEGUIDO em campo, Neymar sofreu dez faltas no decepcionante empate com a Suíça JOE KLAMAR/AFP
Um misto de frustração com revolta que arrefeceu parte do ânimo e a expectativa dos brasileiros — principalmente os que só torcem em época de Copa —, que apostavam em atropelo logo de cara. Foi essa impressão que o Brasil deixou na estreia, ontem, no empate por 1 a 1 com a Suíça. O resultado não descredita o favoritismo verde-amarelo. Ao contrário, inclui a Canarinho na lista de favoritas que não estrearam bem no Mundial da Rússia.
A França foi a única que venceu no primeiro jogo — e o fez sem jogar bem. Na Alemanha, que perdeu para o México, e também em Argentina e Espanha, que empataram com Islândia e Portugal, respectivamente, o sinal de alerta também foi ligado. Apesar de não ter vencido, a Fúria foi a favorita que estreou com melhor futebol no Mundial.
O inesperado 1 a 1 pode, aos mais céticos desenhar uma diferente perspectiva sobre a equipe de Tite. A esses, porém, é necessário salientar que o resultado, embora decepcionante, não é desesperador, em que pese a histórica quebra da escrita que durava 40 anos — desde a Copa de 1978 o Brasil não estreava sem vitória em um Mundial. Naquela ocasião, a seleção também empatou em 1 a 1, mas com a Suécia.
As aflições e o consequente aumento de desconfianças são compreensíveis. Afinal, o Brasil não venceu na estreia porque não jogou bem. Apesar da atuação comprometedora do árbitro mexicano César Ramos, que interferiu diretamente no resultado, é inegável que, do ponto de vista do desempenho, a seleção deixou muito a desejar. As primeiras impressões no torneio não foram positivas.
O burburinho nos grupos de WhatsApp é ainda maior pelo real temor de cruzamento com a Alemanha nas oitavas de final. As marcas do 7 a 1 ainda são dolorosas e o início do processo de cicatrização não foi como o desejado.
Mas isso não invalida a força brasileira. Apesar da desencantante estreia, é preciso calma. É certo que para os outros dois jogos, menos complicados, o sinal de alerta foi aceso. Mas o desempenho dos principais concorrentes reforça que ainda não há motivo pra desespero. Após dez jogos, a Rússia-2018 segue sem favoritos claros.

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