sexta-feira, 15 de junho de 2018

Brasil-2014: a copa das copas?

Que o futebol nasceu na Inglaterra, no século XIX, todo mundo já sabe. Mas, mundialmente, o Brasil é reconhecido como o país do futebol. Terra de Pelé, pátria pentacampeã do mundo, única seleção que disputou todas as edições da Copa do Mundo.

De olho no grande interesse do público em não apenas visitar o Brasil, como assistir um Mundial na pátria de chuteiras, a Fifa investiu na divulgação de 2014 como a “Copa das Copas”. O que no final da competição se mostrou condizente com a propaganda. Passados quatro anos da disputa no Brasil, analisamos alguns pontos que credenciam o torneio como o ápice do futebol 
O primeiro ponto marcante para a Copa de 2014 foi definido antes mesmo do primeiro jogo. Ela foi a primeira a ser disputada por oito campeões mundiais: Brasil (penta), Itália (tetra), Alemanha (então tri), Uruguai (bi), Argentina (bi), Espanha (campeã), França (campeã) e Inglaterra (campeã). E em campo, momentos históricos se acumularam. 
Foram, ao todo, 171 gols em 64 partidas, empatando com o mesmo recorde da França-98. O veterano Miroslav Klose marcou dois gols na campanha vitoriosa da Alemanha, e se tornou o maior artilheiro da história da competição, com um total de 16 tentos — ultrapassando o brasileiro Ronaldo. 
Encaixada em um grupo com três campeões mundiais (Uruguai, Itália e Inglaterra), a Costa Rica parecia fadada à lanterna. Mas sempre que entrava em campo, “los ticos” conquistavam o público. A seleção do país da América Central acabou se tornando a maior surpresa da competição ao terminar seu grupo em primeiro, com o Uruguai em segundo. O sonho terminou nas quartas de final, em uma derrota nos penais para a Holanda, mas a conquista do 8º lugar pode ser  considerada um título aos costarriquenhos.
Numa agressão inédita em Mundiais, o uruguaio Luis Suárez mordeu o zagueiro italiano Chiellini na última partida da fase de grupos. O resultado foi um gancho de nove jogos oficiais por sua seleção, totalizando quatro meses fora do futebol. Com uma gravidade ainda maior, outro lance de anti-jogo mudou a história da competição. 

Quartas de final, o Brasil vencia a Colômbia no Castelão, em Fortaleza, por 2 a 1. Em uma disputa de bola violenta, o lateral esquerdo Zuniga atingiu as costas de Neymar com uma joelhada. Fim de Copa para o craque brasileiro, e nem um cartão amarelo ao colombiano. 
Em campo, no entanto, a maior expectativa era para o duelo inédito entre Brasil e Alemanha em uma semifinal da Copa. Era apenas o segundo encontro entre dois gigantes do futebol – o primeiro havia terminado com o penta para a seleção canarinho (2 a 0) na decisão de 2002. Mas a Alemanha não tomou conhecimento dos donos da casa, e para um Mineirão abarrotado de esperança, aplicou o histórico e humilhante 7 a 1 nos anfitriões. Com um futebol coletivo, os germânicos venceram a final contra a Argentina de Messi, e se tornaram a primeira seleção europeia a levantar a taça no continente americano.

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