Considerada a principal idealizadora do Bolsa Família, a cearense Ana Maria Medeiros da Fonseca morreu no último domingo, 25, em Campinas (SP). A pesquisadora foi a responsável por colocar em prática a unificação de diversos programas sociais que resultaram no Bolsa Família. O corpo foi cremado ontem na cidade paulista.
Ana se tornou secretária-executiva do Bolsa Família em outubro de 2003, logo que o programa foi criado. Permaneceu pouco mais de um ano na função, quando coordenou a unificação dos programas sociais do Governo Federal. Atualmente, era coordenadora associada do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas (Nepp) da Unicamp.
De certa maneira, o trabalho iniciado por ela mudou o rumo do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No início do mandato, o carro-chefe das políticas sociais era o Fome Zero — mais uma entre várias políticas sociais pulverizadas. A iniciativa não deslanchou ao longo do primeiro ano de administração, enquanto o presidente enfrentava protestos e se desgastava com a reforma da Previdência.
A partir da unificação, os programas sociais ganharam uma marca forte — o Bolsa Família —, passaram a ser usados de forma coordenada como não havia ocorrido antes e foram também ampliados a patamar inédito.
O PT divulgou nota de pesar sobre o falecimento: “Nestes tempos difíceis, Ana fará muita falta, mas a luta por um País menos desigual permanece viva por meio do trabalho desenvolvido por durante toda sua vida”.
O ex-presidente Lula disse que Ana Fonseca “deixou uma contribuição imensurável para o Brasil ao ajudar a tirar milhões de brasileiras e brasileiros da extrema pobreza”. E acrescentou: “Tenho muito orgulho de ter trabalhado ao lado de Ana e sei que sua luta pelo fim da desigualdade social seguirá conosco”.
QUEM FOI ANA FONSECA
A pesquisadora foi a responsável por colocar em prática a unificação de diversos programas sociais que resultaram no Bolsa Família
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