Pai e filhos sócios em empresa foram presos ontem, acusados de falsificação de documentos públicos com objetivo de obter contratos fraudulentos com a Prefeitura de Apuiarés, no Vale do Curu. Até documento do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) teria sido falsificado, usando o timbre do órgão. A intenção era recomendar a aprovação de aditivos em contratos de coleta e limpeza urbana com a Prefeitura.
A investigação ocorre dentro da Operação Malabares. Trata-se de desdobramento da operação Cascalho do Mar, que prendeu quatro empresários, três da mesma família, na semana passada. As informações são do MPCE. O promotor de Justiça de Pentecoste, Jairo Pereira Pequeno Neto, responde pela operação.
José Darlan Pereira Barreto, procurador da empresa Patrol Engenharia e Serviços Ltda, foi preso preventivamente na manhã de ontem, na residência dele, em Fortaleza. Ele já havia sido preso por porte ilegal de munição na segunda fase da operação Cascalho do Mar, na última sexta-feira, 23, durante o cumprimento de mandado.
Foram também foram cumpridos ontem mandados de prisão contra dois filhos de José Darlan, sócios da mesma empresa. Um deles é Marcos Vinícios Gonçalves Barreto, que já está preso desde a sexta-feira, acusado de participação em fraude em licitações em mais de dez prefeituras, na operação Cascalho do Mar. Ele teve a segunda prisão preventiva decretada em menos de uma semana.
Outra filha de Darlan e também sócia da Patrol, Bruna Gonçalves Barreto ficará em prisão domiciliar, por ser mãe de filhos com menos de 18 anos. De acordo com o Ministério Público, outras pessoas são suspeitas de participação no crime. Foram apreendidos um carro de luxo, celulares e computadores.
Na sexta-feira, a operação Cascalho do Mar também havia prendido Luiz Maycon Pereira Barreto, irmão de José Darlan e tio de Marcos Vinícios e Bruna.
Os proprietários da empresa já respondiam processo por ato de improbidade administrativa e as contas bancárias da Patrol já haviam sido bloqueadas em razão de ação civil pública da comarca de Pentecostes em 2017. Conforme a denúncia, os empresários fraudaram documentos do MPCE, usando o timbre da instituição, para recomendar a aprovação de aditivos em contratos de coleta e limpeza urbana da Prefeitura de Apuiarés.
De acordo com o Ministério Público, tais orientações jamais foram emitidas ao Município.
A primeira fase da Cascalho do Mar foi deflagrada em dezembro de 2017 e prendeu o prefeito de Paracuru, José Ribamar Barroso Batista (PSDB), além de secretários municipais e empresários. Na segunda fase da operação, na última sexta-feira, três empresários foram presos em suposto esquema que teria operado em mais de dez prefeituras. Foram apreendidos um carro de luxo, celulares e computadores.
Conforme a procuradora que coordenou a operação Cascalho do Mar, Vanja Fontenele, o grupo criou várias empresas com o objetivo de disputar licitações. Em muitos dos casos, explicou Vanja, as firmas estavam em nome de “laranjas” e não possuíam patrimônio ou funcionários.
Operação Cascalho do MarA 1ª etapa da Cascalho do Mar foi deflagrada em dezembro de 2017. Naquela fase, foram presos vários gestores da Prefeitura de Paracuru, incluindo dois filhos do prefeito José Ribamar Barroso Batista (PSDB). O próprio prefeito chegou a ser preso por porte ilegal de arma e teve o afastamento decretadoSegunda fase da operaçãoEtapa deflagrada na última sexta-feira, 23, foi desdobramento direto das informações levantadas pela ação na Prefeitura de Paracuru. Enquanto a primeira fase foi focada nos agentes públicos e gestores envolvidos, esta outra mirou nos empresários responsáveis pelos contratos supostamente fraudulentos.Próximos passos do casoAgora, o Ministério Público do Estado do Ceará espera usar informações obtidas com as apreensões feitas na última sexta-feira para apurar participação de outros prefeitos e agentes públicos no suposto esquema. Conforme o MPCE, diversas prefeituras firmaram contratos significativos com estas empresas.Operação MalabaresForam cumpridos ontem mandados de prisão contra José Darlan Pereira Barreto e os filhos dele, Marcos Vinícios Gonçalves Barreto e Bruna Gonçalves Barreto. Eles são, respectivamente, procurador e sócios da empresa Patrol Engenharia e Serviços Ltda, investigada por falsificação de documentos públicos para obter contratos fraudulentos com prefeitura.
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