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Desde o início do ano, o governo tem investido em agenda na busca por
votos para a medida. Pensada para“apaziguar” bancada do PTB, posse de
Cristiane Brasil (PTB-RJ) deverá ser confirmada hoje, após longa disputa
judicial. Filha do ex-deputado Roberto Jefferson, ela teve indicação
questionada por conta de condenações na Justiça do Trabalho. “(A
liberação da posse) dá tranquilidade para que nós possamos avançar nas
conversas com os partidos para aprovar a reforma da Previdência”, disse
ao O Globo o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
Segundo ele, cresce entre parlamentares “consciência” de que a reforma
“é necessária e combaterá privilégios”.O próprio Temer saiu “de cabeça” em busca de apoio, mantendo agenda movimentada de reuniões com lideranças religiosas e personalidades de TV. Na semana passada, o peemedebista recebeu, por exemplo, o apóstolo Valdemiro Santiago (Igreja Mundial) e os pastores José Wellington (Assembleia de Deus) e R. R. Soares (Internacional da Graça de Deus).
O presidente chegou a tentar reunião com Silas Malafaia, mas foi rejeitado pelo pastor. No âmbito televisivo, Michel Temer gravou participações nos programas do jornalista Amaury Jr, que deve ser veiculada pela Band no fim do mês, e com o apresentador Silvio Santos. Em ambos, tentou reforçar imagem de que a reforma combaterá privilégios no atual sistema.
Na tarde de ontem, após reuniões com ministros sobre a Previdência, o presidente chamou a imprensa para registrar nova caminhada entre o Palácio do Jaburu ao Alvorada. Ação integra estratégia da assessoria de Temer para “humanizar” imagem do presidente. (Carlos Mazza com agências)
AGENDA DE REUNIÕES
Após café da manhã com deputados em Brasília, Rodrigo Maia deverá se reunir ainda no Planalto com Carlos Marun e Michel Temer para debater a reforma
QUÓRUM
308 VOTOS PARA APROVAR
Para aprovar a Reforma da Previdência, são necessários 308 votos de deputados . Serão dois turnos para que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) seja aprovada na Câmara dos Deputados. No fim do ano passado, diante de dificuldades para aprovação da Reforma da Previdência, o Governo apresentou uma proposta mais enxuta. Os parlamentares já haviam enfrentado, naquele ano, desgastes com aprovação da Reforma Trabalhista e rejeição de duas denúncias contra Michel Temer.
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