- Após o relator Herman Benjamin rejeitar quatro pedidos preliminares da defesa, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu julgamento do pedido de cassação da chapa Dilma/Temer. Os trabalhos devem ser retomados às 9h desta quarta-feira, 7.
Além da apresentação do relatório de Herman, destaque da sessão desta terça foi fala do representante do Ministério Público Eleitoral, Nicolao Dino, no caso. Em sua fala, o procurador pediu cassação conjunta da chapa, com inelegibilidade de Dilma Rousseff.
Segundo ele, há indícios "claros" de abuso econômico no caso. Já nas falas de advogados, predominou discussão sobre se delações ocorridas depois da petição inicial do caso podem ser levadas em consideração no processo - o que é contestado pela defesa.
Antes do término da sessão, o ministro cearense Napoleão Nunes Maia questionou oitiva de testemunhas que não foram arroladas nem referidas na petição inicial. Herman não respondeu os questionamentos, afirmando que deverá tratar da questão nesta quarta-feira. - 21h50
Herman Benjamin rejeita quatro pedidos preliminares da defesa Concluídas manifestações de advogados e do Ministério Público Eleitoral, o relator do processo, Herman Benjamin, passou a votar pedidos preliminares da defesa no caso. O ministro já adiantou que deve julgar hoje apenas quatro das dez preliminares da defesa, guardando as demais para a manhã desta quarta-feira, 7.
"Houve um gasto de campanha não realizado de forma transparente, burlando-se a comprovação à Justiça Eleitoral a real destinação dos recursos. Há elementos robustos que evidenciam prática de abuso econômico", disse.
O Tribunal é muito valente para cassar prefeitos do interior e muito reticente para cassar presidentes. O TSE é muito corajoso para cassar um governador da Paraíba, mas não quer intrometer-se na disputa de São Paulo, Rio de Janeiro ou mesmo Minas Gerais.
O relator ainda teve uma breve discussão com o presidente do TSE, Gilmar Mendes, após o colega afirmar que "o Brasil cassa mais do que em ditaduras". "A diferença é que nas ditaduras se cassa quem lutou pela liberdade, e no Brasil se cassa quem agiu contra a democracia", rebateu Herman.
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