Para o líder da legenda, Glauber Rocha (RJ), o procedimento adotado no caso da ex-presidente Dilma abriu um "precedente" na Casa. Ele alega ainda que, em 2016, Maia apoiou o rito definido pelo ex-presidente e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "O nome disso é jurisprudência. Queremos que se tenha equilíbrio com as decisões tomadas anteriormente", justificou Glauber.
O deputado Ivan Valente (SP) considera que "certamente" haverá uma simbologia de impedimento na votação da denúncia contra Temer, caso ela seja aceita pelos parlamentares. "Na hora que a Câmara concede a licença para o prosseguimento da ação, a situação está resolvida. Na prática, é como se fosse um pedido de impeachment", declarou.
Durante o pronunciamento da bancada do PSOL, os deputados foram informados de que a reunião de líderes foi cancelada por Maia. "Sabendo que seria cobrado sobre o rito, o presidente mais uma vez desmarcou a reunião. A gente espera que Maia não acumule a tarefa e a função de líder do governo na Câmara", criticou Glauber.
Valente criticou a atuação de Maia na presidência, que considera favorecer Temer. "Maia não tem adotado atitude de magistrado, nem de presidente de um Poder, e sim de um auxiliar do governo. Ele tem sido alguém que serve ao governo e isso não é bom", afirmou.
O PSOL reforçou que está em "obstrução total" na Casa para combater o que consideram um "falso clima de normalidade". "Essas denúncias colocam a crise institucional em outro patamar de gravidade", disse a deputada Luiza Erundina (SP).
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