sábado, 1 de abril de 2017

Manifestantes voltam às ruas contra reformas de Temer

De pequenos atos de professores a passeatas com milhares de pessoas, foram registradas manifestações em pelo menos 16 capitais brasileiras e no Distrito Federal. Os protestos eram contra a reforma da Previdência, trabalhista e lei das terceirizações, sancionada na noite de ontem, após dispersão da maior parte dos manifestantes.

Em Fortaleza, carros de som e caminhantes ocuparam as ruas do Centro da Cidade, das 15h às 18 horas, em circuito que saiu da Praça Clóvis Beviláqua (da Bandeira) à Praça do Ferreira. Parlamentares do PT estiverem discursaram nos carros de som, como José Guimarães e Luizianne Lins.

“Isso é só o esquenta para greve geral em 28 de abril. Com certeza, até lá teremos panfletagem e talvez outros atos. Também vamos reunir os trabalhadores no 1º de maio”, disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Ceará, Will Pereira.

Um grupo de comerciários que preferiu não se identificar apoiou o movimento no Centro. “Melhor não dar o nome para não entrar nessa estatística dos desempregados. Mas devia ter isso era todo dia. Está ruim demais”, disse um deles.

Houve bloqueio do trânsito na região. Em outras cidades do Ceará, foram realizados atos com proporções menores. Segundo os organizadores, trabalhadores dos municípios de Tianguá Jaguaribara, Quixadá, Sao Gonçalo do Amarante, Nova Olinda, Crateús, Poranga, Itapipoca, Piquet Carneiro, Nova Russas, Maracanaú e Caucaia. Os atos foram coordenados pelas frentes Brasil Popular, ligada ao PT e PCdoB, e Povo Sem Medo, próxima ao Psol. Juntas, elas reúnem mais de 60 entidades, movimentos sociais e sindicatos.

Outras regiões
Em São Paulo, manifestantes ocuparam a Avenida Paulista. O ato teve início por volta das 14 horas, no vão livre do Masp, onde os professores estaduais decidiram suspender a greve, em assembleia. Ônibus levaram protestantes de cidades do Interior para a Capital no início da tarde.

Na Bahia, representantes de diversas categorias e movimentos sociais se encontraram no bairro central de Nazaré. em Salvador, pela manhã. Para a médica Mônica Angelim, do movimento Médicos pela Democracia, a terceirização e a reforma da Previdência são “medidas retrógradas, que ameaçam os direitos dos trabalhadores”.

O ato em Recife, Pernambuco, também defendeu a convocação de eleições diretas para a Presidência da República. Com placas, os manifestantes criticaram parlamentares que votaram a favor da lei da terceirização. Um grupo teatral fez uma performance vestidos de zumbis e caveiras.

No Rio, os manifestantes se concentraram, às 15h, na Igreja da Candelária e saíram em passeata, às 18h, pela Avenida Rio Branco, até a Cinelândia. O grupo seguiu até as escadarias da Câmara Municipal, quando o caminhão estacionou e deu seguimento ao ato. (com agências)

ISABEL FILGUEIRAS

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